Francisco lembrou que os fiéis, se querem ser verdadeiros discípulos de Cristo, são chamados a ser instrumento do amor misericordioso de Deus, superando todo tipo de marginalização
Jéssica Marçal
Da Redação
Após a Missa com os novos cardeais neste domingo, 15, Papa Francisco rezou o Angelus com os fiéis na Praça São Pedro. Na reflexão que precede a oração mariana, o Santo Padre falou sobre o amor misericordioso de Deus que os cristãos são chamados a difundir, superando todo tipo de marginalização.
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Francisco recordou que, na época de Jesus, os leprosos eram marginalizados das comunidades civil e religiosa. Quando Jesus se deparou com um leproso, porém, sua atitude foi de compaixão, destacou o Papa, e então Ele curou aquele doente.
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“A misericórdia de Deus supera toda barreira e a mão de Jesus toca o leproso. Ele não se coloca em uma distância de segurança, não age por procuração, mas se expõe diretamente ao contágio do nosso mal; e assim o nosso mal se torna lugar do contato: Ele, Jesus, assume a nossa humanidade doente e nós assumimos dele a sua humanidade sã e curadora.”.
Isso acontece, segundo Francisco, toda vez que se recebe com fé um sacramento. Como exemplo, ele citou o sacramento da Reconciliação, “que nos cura da lepra do pecado”.
O Pontífice explicou que essa mensagem trazida pelo Evangelho do dia diz que, se os cristãos querem ser verdadeiros discípulos de Jesus, são chamados a ser instrumentos do seu amor misericordioso, superando todo tipo de marginalização.
“Para ser ‘imitador de Cristo’ diante de um pobre ou doente, não devemos ter medo de olhá-los nos olhos e nos aproximarmos com ternura e compaixão (…) Se o mal é contagioso, o bem também é. Deixemo-nos contagiar pelo bem e contagiemos o bem!”.
Após o Angelus
Após o Angelus, Francisco saudou os peregrinos e pediu aplausos para os novos cardeais, criados neste sábado.
Ele também dirigiu uma palavra aos homens e mulheres do Extremo Oriente, que se prepara para celebrar o Ano Nono lunar, uma das festividades mais importante do calendário asiático.
“Que tais festividades ofereçam a eles a feliz ocasião de redescobrir e viver de modo intenso a fraternidade, que é um vínculo precioso da vida familiar e base da vida social. Que este retorno anual às raízes da pessoa e da família possam ajudar estes povos a construir uma sociedade em que sejam tecidas relações interpessoais marcadas pelo respeito, justiça e caridade”.