Jornalismo Canção Nova

“Nossa missão é mostrar a esperança nos fatos”, diz jornalista

Dia do Jornalista é comemorado nesta segunda-feira, 7; profissionais partilham história e missão do jornalismo Canção Nova

Fernanda Lima
Da Redação

Foto: Montagem / Arquivo Canção Nova

Ser portador da notícia. Olhos treinados para enxergar a verdade. Ouvidos atentos diante dos fatos. Zelo com as palavras. Nesta segunda-feira, 7, celebra-se o Dia do Jornalista. A data foi instituída pela Associação Brasileira da Imprensa (ABI) em 1931.

Durante o Jubileu das Comunicações, em janeiro deste ano, o Papa Francisco dirigiu-se aos jornalistas em seu discurso enfatizando que comunicar é doar-se. “É uma vocação e uma missão, com uma responsabilidade peculiar e uma tarefa preciosa. A linguagem utilizada pode acender ou apagar a esperança, pode dar voz aos marginalizados”, frisou.

Um olhar diferente

Renata Vasconcelos / Foto: Arquivo Canção Nova

Transmitir a boa notícia ou a pior tragédia exige um olhar diferenciado. Este é um desafio diário na vida dos profissionais que integram a Central de Jornalismo Canção Nova. O lema “a serviço da vida e da esperança” nasceu da orientação do fundador da obra, padre Jonas Abib, durante o encontro com profissionais da emissora, em 2001, mas se oficializou, em 2007, sob a editoria-chefe da época, com a missionária Renata Vasconcelos.

“Eu estava nesse encontro e, logo depois, assumi a editoria-chefe do jornal. Todos já tínhamos um anseio de executar um jornalismo diferente atendendo ao pedido do nosso fundador. Ele dizia que não deveríamos ter medo de gerar esperança quando as pessoas assistissem ao nosso jornal”, recorda.

Renata ressalta ainda a essência do jornalismo Canção Nova: “É sobre mostrar uma esperança que existe nos fatos! Isso acontece desde o momento que nasce a pauta até a sua finalização”, frisa.

Vida e esperança

Osvaldo Luiz / Foto: Arquivo Canção Nova

A vida e a esperança são o “pano de fundo” na missão de transmitir a notícia. O gerente do Sistema Canção Nova de Comunicação, Osvaldo Luiz, é jornalista e trabalhou por muitos anos no jornalismo da TV Canção Nova. Ele comenta a origem dessa trajetória e o destaque à transmissão da esperança, que segue até hoje.

“O Jornalismo Canção Nova começa junto com a Rádio Canção Nova, que completa, no dia 25 de maio, 45 anos. Mesmo tratando de temas difíceis ou dolorosos, precisamos irradiar essa perspectiva cristã. Neste ano jubilar, voltado à esperança, precisamos aprimorar nosso Jornalismo para que, em suas abordagens, aponte caminhos, soluções, melhorias; não ficando apenas nas dificuldades”, salienta.

Osvaldo relata algumas experiências que se tornaram marcantes até hoje. “Considero como nossa maior e melhor cobertura jornalística a realizada na morte e funeral de São João Paulo II, e depois na eleição de Bento XVI. Outro momento forte foi o do ataque às Torres Gêmeas, nos EUA. A cobertura da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, no início do pontificado do Papa Francisco também foi inesquecível”, sublinha.

Correspondente no exterior

Raphael Leal / Foto: Arquivo Pessoal

Missionário da Comunidade Canção Nova e jornalista, Raphael Leal conta suas experiências como primeiro correspondente da TV Canção Nova na Terra Santa. “Tudo era muito novo para nós. Tínhamos apenas uma câmera fotográfica e um pendrive. Inicialmente, começamos com matéria em texto no formato impresso”, expressa.

O desafio de contar apenas com o desejo de aprender e se lançar na aventura da reportagem trouxe muitas descobertas para o jornalista. “Éramos todos muito jovens e com pouca experiência. Com o tempo, os outros equipamentos foram chegando e passamos a realizar o trabalho em casa, já que não tínhamos um escritório. Essa foi uma experiência fantástica, pois assim foi possível descobrir e me aprofundar em outras funções dentro do jornalismo”, concluiu.

Estar disponível a começar tudo zero torna-se um dos grandes desafios na vida de um correspondente. Raphael recorda como precisou lidar com isso.  “Ter que conhecer, primeiramente, pessoas que o levarão às fontes da matéria é um dos maiores desafios em outro país. Para que um levantamento seja bem feito, o contato com as fontes primárias é fundamental. Será sempre um recomeçar, por isso é muito exigente. Ao mesmo tempo, é muito gratificante conhecer novas pessoas; aprender uma maneira diferente de enxergar o mundo, a economia, a política, a cultura é sempre enriquecedor como correspondente”, concluiu.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

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