Saudade

Lurdinha Nunes: amigos recordam seu exemplo de missionariedade

Missionária da Canção Nova morreu nesta sexta-feira; Padre Wagner Ferreira, Diácono Nelsinho Corrêa e Silvonei José recordam, com carinho, seu jeito de ser

Jéssica Marçal
Da Redação, com colaboração de Júlia Beck

A missionária Lurdinha Nunes / Foto: Reprodução Canção Nova

“Nós sempre traremos Lurdinha no coração, com muita saudade, com muito afeto”. Palavras do presidente da Comunidade Canção Nova, padre Wagner Ferreira, ao recordar a missionária Lurdinha Nunes, que morreu nesta sexta-feira, 6, aos 64 anos. Lurdinha lutava contra um câncer e sofreu hoje uma parada cardíaca em virtude de metástase.

Padre Wagner recorda o ardor missionário de Lurdinha, que sempre testemunhou um profundo amor pela Igreja. “Ela nunca mediu esforços para viver a missionariedade”, pontua o sacerdote. Mesmo doente, já com câncer, ela foi para a Terra Santa e continuou seu tratamento lá, com a ajuda da Canção Nova e da Custódia da Terra Santa. Porém, quando a doença se espalhou (metástase), ela precisou voltar ao Brasil.

“Foi bom que ela tenha voltado, porque assim ela também pôde viver esses últimos momentos da vida dela junto com sua família e sua comunidade em Arapeí. É com dor que a Canção Nova recebe essa notícia. Estamos todos unidos em oração para que a Lurdinha possa, na eternidade, cantar uma canção nova, cantar a glória de Deus”.

O presidente da Canção Nova recordou ainda que Lurdinha foi assessora de comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Ela sempre foi um testemunho de profundo amor à Igreja, motivada pelo carisma Canção Nova, por levar às pessoas também uma notícia que de alguma forma lhes desse a oportunidade de encontro com Deus. “A Lurdinha era assim, toda voltada para a evangelização, empenhada, comprometida, para fazer jornalismo, TV, rádio, aquilo que pudesse fazer para evangelizar”.

“Irmã muito querida”

Também missionário da Comunidade, o Diácono Nelsinho Corrêa lamentou a morte de Lurdinha. Ele recorda que ela passou grande parte de sua vida no exterior, especialmente na Terra Santa, e foi um dos membros mais antigos da Canção Nova. “Lurdinha se destacou muito no rádio e depois migrou para a televisão. Era uma produtora de primeira, excelente como locutora e apresentadora”, conta.

Lurdinha Nunes e Silvonei José / Foto: Arquivo

A missionária era muito respeitada na Terra Santa, pelos franciscanos, comenta Diácono Nelsinho. “Produziu e apresentou documentários belíssimos, que vale a pena serem revistos. (…) Era uma excelente jornalista, uma excelente repórter. Abriu as portas para nós na Terra Santa”. Lurdinha era “uma irmã muito querida”, finalizou.

“Uma pessoa especial”

Quem também recorda, com carinho, a missionária é o jornalista e diretor da Rádio Vaticano, Silvonei José. Ele conta que conheceu Lurdinha há muito tempo, quando Lurdinha era um dos primeiros membros da Comunidade Canção Nova. “Desde o início tivemos uma amizade muito bonita que cresceu ao longo de quase 40 anos. Uma pessoa que fez parte da minha vida, da vida da minha família, do meu trabalho aqui no Vaticano”.

Para o jornalista, Lurdinha era uma pessoa especial, no modo de ser, de falar, de tratar as pessoas. “Aquele carinho, uma simplicidade, uma humildade desarmante. Vai fazer muita, mas muita falta esse seu jeito de ser (…) E o modo como ela encarava o seu trabalho: de missão, de doação total, onde o cansaço era uma palavra que não existia”.

O legado deixado pela missionária, comenta Silvonei, é sua autenticidade, simplicidade e entrega por amor para uma missão que ela recebeu. “Tenho certeza de que lá em cima, no céu, nós temos uma amiga”.

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