Conheça o processo inicial da vida humana, desde a fecundação até o parto. Na primeira, das cinco reportagens da série "Vida: O princípio", o repórter Pedro Teixeira fala da alma humana e do primeiro momento em que ela se une ao nosso corpo.
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Às vezes, temos a sensação de que o planeta terra é um grande berço. A cada segundo, a vida se frutifica aos milhões. Nascer é Divino.
No ano 1, éramos em torno de 150 milhões. 1.350 anos depois o número dobrou. O primeiro bilhão do planeta foi atingido em 1804. De lá para cá, a população terrestre cresceu seis vezes mais. Estudiosos afirmam que bastarão apenas cinquenta anos para atingirmos algo em torno de 10 bilhões de habitantes.
Do século 1 até agora a população humana cresceu 40 vezes mais. Atualmente nasce em todo o planeta cerca de 130 milhões de pessoas por ano, o que significa dizer que a cada segundo, 25 bebês vêm à luz. Ou seja, neste tempo em que estou falando com você, acabam de nascer aproximadamente 600 pessoas.
Nascer é grandioso. Mas nenhum conglomerado humano na história se compara ao de espermatozóides, momentos antes da fecundação. Entre 200 e 600 milhões deles seguem em direção ao ovário. Mas apenas um, sim apenas um, deverá se unir ao óvulo. A primeira célula embrionária ainda é invisível aos olhos humanos: mede apenas 13 centésimos de milímetros.
O filósofo Paulo César da Silva fala da fecundação como o momento em que a identidade humana, a alma, é adquirida imediatamente.
Milhões de informações genéticas dos pais começam a ser trocadas para dar forma ao novo ser. Em até 24 horas elas começarão a se reproduzir. Tão invisível, quanto presente, surge uma nova alma.
Cristiane Ferreira de Amorim está grávida há três meses. A criança se chamará Miguel, anjo em quem ela confia como protetor. Esta é a quarta tentativa dela. No caderno estão anotadas as lembranças da última gravidez que não vingou. Era de Sofia, que morreu no sétimo mês.
A alma humana vem dotada de diversas potencialidades que se expandem durante todo o tempo de vida. É o elo entre o corpo físico e as emoções. Um mistério. Mesmo sem estar agora com Sofia e os outros dois filhos, Cristiane se sente mãe.
A natureza humana desafia o homem a confiar no invisível fio da vida, um misterioso laço que une o nada, ao tudo. Enigmático princípio da existência que, desde os primórdios oferece ao homem a continuidade de expansão pelo imenso planeta.
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