Veja como a mobilidade urbana pode melhorar a qualidade de vida da população. Algumas cidades no exterior já evoluíram no quesito; veja exemplos
Da redação, com Ministério do Meio Ambiente e Greenpeace
O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado nesta sexta-feira, 5, e entre as muitas pautas que norteiam a data está a sustentabilidade do planeta.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), trabalhar por uma cidade sustentável é buscar um melhor ordenamento do ambiente urbano, colocando em primeiro lugar a qualidade de vida da população.
Melhorar a mobilidade urbana, a poluição sonora e atmosférica, o descarte de resíduos sólidos, eficiência energética, economia de água, entre outros aspectos, contribuem para tornar uma cidade sustentável.
De acordo com o site do MMA, a questão da mobilidade urbana surge como um novo desafio às políticas ambientais e urbanas, num cenário de desenvolvimento social e econômico do país.
As crescentes taxas de urbanização, as limitações das políticas públicas de transporte coletivo e a retomada do crescimento econômico têm implicado num aumento expressivo da motorização individual (automóveis e motocicletas), bem como da frota de veículos dedicados ao transporte de cargas.
O padrão de mobilidade centrado no transporte motorizado individual mostra-se insustentável, afirma o órgão federal, tanto no que se refere à proteção ambiental quanto no atendimento das necessidades de deslocamento que caracterizam a vida urbana.
Para o Greenpeace, uma cidade com boa mobilidade urbana é a que proporciona às pessoas deslocamentos seguros, confortáveis e em tempo razoável, por modos que atendam a esses critérios e sejam bons para a sociedade e para o meio ambiente.
Neste sentido, o site da instituição apresenta algumas cidades que servem como exemplos de mobilidade urbana. Veja:
Bogotá (Colômbia)
A mudança radical na mobilidade urbana começou com a instalação do sistema BRT (bus rapid transport) Transmilenio, com corredores exclusivos de ônibus, restrição ao estacionamento de carros em vias públicas e construção de passarelas e ciclovias – desde 1998 mais de 300 km foram construídos.
Amsterdã (Holanda)
Cerca de metade da população utiliza a bicicleta, como resultado de décadas de investimento em infraestrutura para viabilizar esse meio de transporte. Hoje a cidade conta com mais de 400 km de ciclovias bem sinalizadas e com bicicletários. Só na Estação Central, o bicicletário comporta mais de 8 mil bicicletas. Além disso, as bicicletas podem ser transportadas nas redes ferroviária e metroviária.
Portland (Estados Unidos)
Uma das primeiras a implementar o conceito “bairro de 20 minutos”, que propõe a construção de uma estrutura básica nos bairros (por exemplo escola, hospital, mercados, centros comerciais e de lazer), reduzindo grandes deslocamentos e permitindo que as pessoas façam tarefas cotidianas a pé ou de bicicleta. O resultado é a valorização e o desenvolvimento das comunidades locais, o desestímulo ao uso de carros e uma melhoria na qualidade de vida e do ar da cidade.
Nova York (Estados Unidos)
Em 2008, o Departamento de Transportes de Nova York apresentou o Sustainable Streets (Ruas Sustentáveis), um plano com 164 ações voltadas para a política de transportes da cidade. As mudanças, sobretudo as relacionadas ao ciclismo, ganharam mais corpo em 2009, quando uma parte da Times Square, no coração da cidade, passou por uma profunda reforma voltada para a priorização do pedestre e do ciclista, tornando-se uma área livre de carros. Além disso, houve aumento da infraestrutura cicloviária e a introdução do sistema BRT (bus rapid transit) em alguns bairros.
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