Praia não combina com sujeira. Mas, mesmo assim, é comum nos depararmos com litorais belíssimos e lixos na areia ou até em alto mar. A falta de conscientização prejudica o meio ambiente e pode até causar a morte de animais marinhos que confundem lixo com alimento. Mas um projeto numa Ilha na Baixada Santista tem recuperado e devolvido ao ocenano centenas de animais marinhos.
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Lixo e mais lixo. A paisagem que descansa os olhos divide o cenário com pedaços de plásticos que durarão milhões de anos para se regenerarem na natureza. Apesar das crescentes campanhas de conscientização, o problema persiste. Mas muito pior que prejudicar a bela paisagem, o lixo jogado no mar tem causado a morte de animais marinhos.
No Guarujá, baixada santista, a prefeitura limpa duas vezes por dia os 37 kilômetros de costa que conta com 27 praias. Mas ainda assim, no final de cada tarde, ainda se encontra lixo na areia da praia e o perigo está mesmo nos dejetos jogados em alto mar.
Duas tartarugas confundiram sacos plásticos com comida e foram trazidas para um local de reabilitação. Contudo, dependendo do que os animais marinhos ingerem, o lixo consumido pode levar á morte.
A UTI dos animais marinhos da baixada santista é a Ilha dos Arvoredos, que fica a um quilômetro da praia de Pernambuco. A ilha guarda a história de um homem, à frente do seu tempo: Fernando Lee, que construiu um verdadeiro "quarto general" para os animais marinhos e aves. E, numa tentativa de disfarçar os supostos inimigos vindos do mar, até uma espécie de proa, imitando um navio, foi construída para confundir possíveis invasores da ilha.
Apaixonado pela natureza, Fernando Lee quis isolar ao máximo a ilha do contato humano. Para chegar nela, só de bote, e para entrar um guindaste leva, de dois em dois, os raros visitantes que nunca estão a passeio e sim a trabalho.
A Ilha dos Arvoredos é um verdadeiro refúgio natural no meio do mar, distante da ameaça do homem e perto do lugar mais seguros para esses animais: seu habitat natural de onde eles nasceram.
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