Renovação do compromisso dos missionários da Comunidade Canção Nova aconteceu neste domingo, 2; Monsenhor Jonas Abib presidiu missa no Santuário do Pai das Misericórdias
Julia Beck
Da redação
Monsenhor Jonas Abib/ Foto: Wesley Almeida – Canção Nova
Neste domingo, 2, Festa da Apresentação do Senhor no Templo e o XXIV Dia Mundial da Vida Consagrada, Monsenhor Jonas Abib presidiu a missa de renovação do compromisso dos membros da Comunidade Canção Nova, na qual é fundador. No Evangelho do dia, Maria e José apresentam o menino Jesus no templo. Em sua homilia, o sacerdote destacou a importância dos consagrados se assumirem primogênitos do Senhor: “Somos consagrados ao Senhor, somos primogênitos, exclusivos e únicos para o Senhor. É importante que vivamos assim e assumamos isso!”.
Um dos personagens da leitura, Simeão, é cheio do Espírito Santo, observa o fundador da Canção Nova. O padre relata que o Espírito Santo revelou a Simeão que ele não morreria sem ver o Cristo. “Naquele dia o Espírito Santo impulsionou Simeão para o tempo e lhe mostrou uma família e uma criança. O Espírito Santo apontou que aquela criança era o Cristo do Senhor, o Messias”, recorda.
“Ele [Simeão], como o seu povo, esperava um Messias grande, forte e guerreiro. Apesar disso, Simeão aceitou a moção do Espírito e, por ela, foi até aquela família, pediu licença, tomou o menino nos braços e cantou: ‘Agora Senhor, conforme a tua promessa, pode deixar o teu servo partir em paz, porque os meus olhos viram a tua salvação’”. O sacerdote refletiu: “Era apenas um menino, era apenas uma criança, mas ele acreditou. Se o Messias prometido era uma criança, Deus está sempre nas coisas pequenas”. Monsenhor Jonas afirmou ser possível encontrar os desígnios e os caminhos de Deus nas coisas pequenas.
O padre relembrou que o Espírito Santo também foi o responsável por impulsionar Maria, quando visitou sua prima Isabel. Isabel, frisa o sacerdote, ficou cheia do Espírito Santo assim como o filho que estava em seu ventre. A saudação feita a Maria, por parte de Isabel, é, de acordo com o fundador da Canção Nova, uma profecia, uma inspiração do Espírito Santo. “O anjo, quando apareceu para Maria, fez promessas. Isabel as confirmou. O importante é acreditar, pois assim as coisas que lhe foram prometidas pelo Senhor acontecerão”.
Missionários da Comunidade Canção Nova durante missa de renovação do compromisso/ Foto: Julia Beck – Canção Nova
Sobre a profetiza Ana, citada na liturgia deste domingo, Monsenhor Jonas explicou que também ela esperava pelo Messias. “Nós também o esperamos”, afirmou. “Ela [Ana] começa a dizer que dentro do templo está o Messias”, recordou o sacerdote que sublinhou: “Tudo pela fé. Tudo acontece pela fé, é preciso que você acredite”. O padre frisou aos consagrados:
“É importante que você acredite que é consagrado do Senhor, não porque você quis, mas porque Ele o escolheu. É assim que nós vivemos nossa consagração, em meio a dificuldades. Simeão mostrou a Maria o quanto ela ia sofrer. O consagrado passa por muitas dificuldades. Se você não passa é sinal que não é consagrado, porque este é o caminho do consagrado. Jesus disse que nosso caminho é um caminho de cruz, sofrimento. Estamos em uma guerra espiritual e o inimigo está contra nós, colocando todas as dificuldades e problemas. Por isso digo: aguenta firme meu filho, aguenta firme minha filha!”.
Monsenhor Jonas pediu aos missionários da Comunidade Canção Nova que não esperem uma vida tranquila, pois está no evangelho que aqueles que estão no Senhor passarão por grandes tribulações. “Nos nossos documentos há uma página e meia que eu escrevi a respeito dos consagrados. (…) Escrevi: Não temas. Não temas receber a Canção Nova por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo, não de mim, nem por nenhuma pessoa, foi pelo Espírito Santo. Não é um convite, é uma afirmação: o Senhor diz que somos um povo consagrado a Ele. Ele nos escolheu para ser seu povo, sua propriedade”.
Segundo o sacerdote, Deus mostra que é possível ser totalmente, inteiramente dEle. O fundador da Canção Nova revelou que lutou para que houvessem casados e famílias na comunidade. “Lutei porque é possível ser exclusivamente dEle em qualquer estado de vida. Estamos sendo sinal pra a Igreja. Podemos dar à Igreja esta contribuição, mostrar com fatos de que é possível ser exclusivo do Senhor em qualquer estado de vida: no casamento, no celibato, no sacerdócio”.
“É o senhor que colocamos em primeiro lugar, acima do próprio estado de vida e é a Ele que nos dedicamos antes e acima de tudo. Deus nos quer vivendo a experiência de uma comunidade consagrada. Viva intensamente a sua consagração!”, concluiu.
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