A mais colorida das estações do ano chegou na tarde desta segunda-feira ao hemisfério sul. No Brasil, a primavera deve ser marcada por menos ondas de calor e a influência do fenômeno La Niña com diminuição da temperatura em diversas regiões do país.
Reportagem de Francisco Coelho e Ersomar Ribeiro
O clima seco que predominou em boa parte do país nos últimos meses deve dar lugar ao colorido das flores e ao verde da primavera. Os famosos Ipês do serrado encerram a temporada de floração.
No centro-oeste do país, a primavera chegou ainda sob forte influência do clima seco. Aqui no Distrito Federal, as queimadas ainda ocorrem. Hoje pela manhã, os bombeiros iniciaram o combate a incêndio dessa área de vegetação seca aqui na região central da capital federal. A possibilidade para a primavera no Centro-Oeste é de aumento das chuvas, mas esse início de primavera ainda deve ocorrer baixa umidade e altas temperaturas. O Distrito Federal ficou por mais de 100 dias sem uma gota de chuva.
A primavera será marcada pela influência do fenômeno La Ninã, que deve provocar leve queda nas temperaturas. As regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste devem registrar mais chuvas, enquanto Sudeste e Sul podem ficar com volume abaixo da média. “Nesse ano, nós estamos no período de neutralidade com uma probabilidade de 70% de ocorrer o La Ninã agora nesse próximo trimestre, de outubro, novembro e dezembro”, explicou a meteorologista, Laísa Faria Viana. Se as previsões se confirmarem, os agricultores da região sul podem enfrentar grandes perdas. Este consultor ressalta que práticas preventivas podem reduzir os impactos da estiagem. “Como o terraceamento, o uso de plantas de cobertura ou plantas de serviço para proteger o seu solo. Essas plantas funcionam como um guarda-chuva e um guarda-sol do solo”, analisou o engenheiro agrônomo, Ronaldo Trecenti.