A companhia aérea BRA Transportes Aéreos, que enfrenta crise financeira, informou nesta terça-feira que pediu à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a suspensão temporária de todos os seus vôos a partir desta quarta-feira. A empresa também anunciou a demissão de 1.100 funcionários.
Para solucionar o problema dos bilhetes já emitidos pela BRA a TAM anunciou nesta quarta-feira que aceitará os vôos para destinos domésticos e internacionais. O pedido foi feito pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mas segundo a TAM o embarque dos passageiros dependerá da disponibilidade de assentos nos vôos operados pela empresa.
Em dezembro do ano passado, um grupo de investidores incluindo o Goldman Sachs e o Bank of America comprou 20 por cento da companhia aérea por valor não revelado.
Segundo dados da Anac de setembro, a BRA tinha 4,6% do mercado doméstico, à frente da Ocean Air, que estava com 2,61 %. A companhia faz em média 315 vôos por mês para 26 destinos nacionais e três internacionais. Fundada em agosto de 1999, operava apenas vôos charter (fretados) até o fim de 2005, quando tornou-se uma empresa regular.
A frota atual da BRA é composta por dez aeronaves, todos Boeings. Em agosto, o presidente da BRA, Humberto Folegatti, afirmou que a empresa pretendia abrir o capital e que esperava comprar até 100 aeronaves da Embraer em um prazo de cinco anos.
Em nota oficial, a companhia aérea orientou passageiros a não se dirigirem aos aeroportos ou lojas antes de entrar em contato
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