Segundo a presidência da Sabesp, se não chover nos próximos dias, São Paulo corre o risco de ficar em abastecimento de água a partir de novembro
Da redação, com Agencia Brasil
Sem previsão de chuva para os próximos cinco dias, o nível dos reservatórios do Sistema Cantareira deve continuar em queda. Segundo o monitoramento diário feito pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o sistema opera nesta quinta-feira, 16, com apenas 4,1% da capacidade.
A presidente da Sabesp, Dilma Pena, admitiu nesta quarta-feira, 15, que São Paulo passa “por uma grave crise” e que, se não chover nos próximos dias, a primeira cota de volume morto do Sistema Cantareira pode acabar em meados de novembro. Para contornar o problema, a companhia ainda espera autorização judicial para usar a segunda cota do volume morto do sistema.
A empresa informou que restam apenas 40 bilhões de litros de água da primeira cota da reserva técnica cuja retirada começou no último dia 16 de maio, mas que existe também a alternativa de se recorrer à segunda cota acrescentando mais 106 bilhões de litros a serem destinados ao abastecimento de 6,5 milhões de consumidores.
No entanto, esse volume a ser bombeado em nível abaixo do tradicional meio de captação por gravidade, já estaria sendo utilizado segundo adverte um ofício enviado nesta quarta-feira pela Agência Nacional de Águas (Ana) ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee). No documento, a ANA cobra providências urgentes, além da vistoria conjunta com o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee).