Padre destaca duas maneiras para o católico viver a Sexta-feira Santa, e afirma que o dia não é ocasião de tristeza, mas de contrição
André Cunha
Da redação
A Igreja em todo o mundo celebra hoje a Sexta-feira Santa, ocasião em que se faz memória da Morte de Cristo na cruz. De acordo com padre Roger Araújo, missionário da Comunidade Canção Nova, o dia não deve ser de tristeza para os cristãos.
“Jamais a Paixão de Cristo deve ser motivo de tristeza. Ela é motivo de veneração e adoração ao Cristo que morreu para nos salvar. A palavra mais correta para este dia é contrição. É um dia de contrição, de arrependimento, de reflexão, mas isso não é sinônimo de tristeza; é um dia de fazer silêncio porque os barulhos externos não nos ajudam a escutar a voz de Deus dentro de nós”.
O padre acrescenta que a morte de Cristo não foi em vão, mas redentora, e neste dia assume um lugar especial na fé e na tradição cristã: “um dia que o Salvador caído por terra, dá sua vida para nos salvar. Por isso, este dia é tão especial”.
“Portanto, nada de tristeza! Cristo está vivo! Nós apenas fazemos memória da sua paixão e permitimos que ela ressoe em nossa vida, que desperte em nós um verdadeiro sentimento de conversão, de mudança de vida”, disse.
Duas maneiras de viver a Sexta-feira Santa
Padre Roger explica que há duas maneiras de viver bem este dia. A primeira é participando da Celebração das Funções, às 15h, momento este que acontece em todas as paróquias. É o único dia no ano em que a Igreja Católica não celebra Missa em nenhuma localidade. O ato litúrgico das 15h é composto pela celebração da Palavra, da adoração da Cruz e do rito da comunhão. “Nossa obrigação neste dia é participação desta celebração”, exorta o padre.
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“A outra forma é viver um dia de jejum e abstinência. A Igreja recomenda que seus fiéis, em dois dias do ano – obrigatórios a todos os católicos, exceto crianças, idosos e doentes – que todos façam jejum e abstinência de carne. Isto porque é um dia em que lembramos a Paixão de Jesus e a gente então assume seus sentimentos”, acrescenta padre Roger.
A Sexta-feira Santa é o segundo dia do Tríduo Pascal, celebração mais importante do catolicismo, que começa na Quinta-feira Santa e termina com a Vigília Pascal no Sábado Santo.