A capital de Sergipe recebeu, hoje, um dos maiores eventos do país sobre energias renováveis e cidades inteligentes. O simpósio reuniu especialistas de todo o Brasil para discutir caminhos para o futuro da matriz energética.
Reportagem de Gabrielle Sanchotene e Sidiclei Sales
Especialistas, pesquisadores e representantes do setor energético reunidos para discutir os caminhos da sustentabilidade. Eles participam do primeiro simpósio de energias renováveis e cidades sustentáveis de Sergipe.
O evento desperta interesse nacional. O Ministério de Minas e Energia tem registros feitos em 2023, quando o Brasil atingiu 93,1% de geração elétrica a partir de fontes renováveis, uma das matrizes mais limpas do mundo. “E botar num fórum, grupo qualificado, atores que podem tomar decisão, é fundamental para que esse setor continue crescendo, mas crescendo de forma ordenada”, disse o presidente da ANER, Rudnei Miranda.
Além de destacar a importância da energia limpa, o simpósio também tratou de outro ponto fundamental, o desenvolvimento das cidades inteligentes, que por meio de alta tecnologia otimizam recursos e melhoram a qualidade de vida da população.
Foi justamente esse equilíbrio entre inovação e sustentabilidade que norteou as discussões do simpósio nesta sexta-feira em Aracaju. “Significa tratar meio ambiente, preservação ambiental e a introdução das tecnologias. Então, para que a gente tenha os futuros das cidades inteligentes”, afirmou a presidente do Grupo GA Ambiental do Brasil, Gabriela Almeida.
Entre os temas debatidos, a mobilidade urbana sustentável, a gestão de resíduos, os biocombustíveis e os desafios para a expansão das energias renováveis em todo o país. “Através da combustão, da queima do resíduo, para gerar energia
renovável do resíduo que não é reciclável, que iria para um aterro sanitário ou até para um lixão. Então, a gente converte um passivo ambiental em uma solução renovável”, ressaltou o presidente executivo da ABREN, Yuri Schmitke.
“Então, aquela biomassa pode deixar de ser lixo e se transformar em PIB. Aquela biomassa pode deixar de ser lixo para gerar emprego”, concluiu o pesquisador do Instituto de Tecnologia e Pesquisa(SE), Klebson Silva.
O simpósio reuniu cerca de 200 participantes e reforçou o potencial de Sergipe para se tornar referência em energia solar e eólica.