Projeto que institui a data foi aprovado pela Comissão de Educação, e agora segue para a Câmara
Da redação, com informações da Agência Senado
A data de 13 de agosto poderá tornar-se “Dia de Santa Dulce dos Pobres”. O projeto que institui a homenagem (PL 4.028/2019) foi aprovado na quinta-feira, 18, pela Comissão de Educação (CE) e segue para análise da Câmara dos Deputados.
O autor da iniciativa foi o senador Angelo Coronel (PSD-BA). A data foi escolhida, porque 13 de agosto já é tradicionalmente um dia de homenagens à Irmã Dulce por todo o estado da Bahia.
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Santa Dulce
Nascida em 26 de maio de 1914, na cidade de Salvador, começou a manifestar interesse pela vida religiosa desde cedo, ainda no início da adolescência. Aos 13 anos de idade, já atendia doentes no portão de sua casa, no bairro de Nazaré. Sempre com muita fé, amor e serviço, o Anjo Bom iniciou, na década de 1930, um trabalho assistencial nas comunidades carentes, sobretudo nos Alagados, conjunto de palafitas que se consolidara na parte interna do bairro de Itapagipe, na capital baiana.
Em 1949, Irmã Dulce ocupou um galinheiro ao lado do convento, após a autorização de sua superiora, com os primeiros 70 doentes. A iniciativa marca as raízes da criação das Obras Sociais Irmã Dulce, instituição que abriga hoje um dos maiores complexos de saúde 100% SUS do país, com 3,5 milhões de procedimentos ambulatoriais por ano.
Irmã Dulce faleceu no dia 13 de março de 1992, aos 77 anos, e foi canonizada no dia 13 de outubro de 2019, no Vaticano, passando a se chamar, oficialmente, Santa Dulce dos Pobres, e sendo a primeira santa brasileira.
Santuário
Sempre de portas abertas para acolher e dar suporte espiritual a quem mais necessita, o Santuário Santa Dulce dos Pobres está em funcionamento desde 2003, e foi erguido graças à ajuda de fiéis e das doações.
O santuário está localizado em Salvador, ao lado da sede das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), no Largo de Roma, e tem capacidade para mais de 1.000 pessoas sentadas. A igreja começou a ser erguida em 2002, a partir da Campanha do Tijolo, no mesmo local onde na década de 40 do século XX Irmã Dulce havia construído o Círculo Operário da Bahia e o Cine Roma.
É no Santuário que estão depositadas as relíquias do Anjo Bom do Brasil, em um espaço chamado Capela das Relíquias – uma sala circular, com pé direito triplo, tendo ao centro o túmulo que guarda os restos mortais da Mãe dos Pobres. A capela foi aberta no dia 9 de junho de 2010, quando o corpo da então Venerável Dulce foi transladado da Capela Santo Antônio (localizada no Memorial Irmã Dulce) para sua nova morada.
Em setembro de 2019, o local passou por uma nova reforma, ganhando um túmulo de vidro com uma efígie em tamanho real da Santa Dulce dos Pobres.