Diplomata do Vaticano afirma que é urgente enviar assistência humanitária Síria, e que todas as partes devem ser envolvidas no processo de paz
Da redação, com Rádio Vaticano
A Santa Sé denunciou, no Conselho de Direitos Humanos, nesta terça-feira, 15, os crimes contra a humanidade, “frequentes, impunes e diários contra a população civil”. A guerra na Síria já dura seis anos.
“Acontecimentos recentes na Síria parecem reforçar o sentimento de abandono diante de uma infindável tragédia humana causada pela continuação do conflito e o êxodo dos refugiados, pelo desrespeito dos direitos humanos e das leis humanitárias internacionais”, disse Monsenhor Richard Gyhra, encarregado interino da Missão Permanente da Santa Sé em Genebra.
O diplomata vaticano disse ainda que é “urgente” enviar assistência humanitária, e que todas as partes devem ser envolvidas no processo de paz.
“Uma dimensão crucial a ser observada na construção sustentável do processo de paz é o respeito pela sociedade diversificada, na qual minorias étnicas, religiosas e linguísticas têm reconhecido seus lugares como membros integrais da sociedade e do Estado sírio”, defendeu.
Segundo o diplomata, a sobrevivência e o bem-estar dessas minorias são a garantia de um Estado democrático, “respeitoso das diferenças”.
“Na verdade, reconhecer os seus direitos não enfraquece o Estado, pelo contrário, o enriquece e reforça. Nesse sentido, o retorno de refugiados e deslocados internos é uma condição essencial para a reconciliação, reconstrução e sustentabilidade para qualquer solução do conflito”, disse.