Simpósio Teológico

Sacerdote precisa viver "fidelidade prática", destaca Simpósio

"A fidelidade não é abstrata, é essencialmente prática, está no dia a dia", destaca o diretor da Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro, Dom Anselmo Chagas de Paiva.

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Essa será a linha mestra das conferências que a instituição de ensino sedia na próxima semana, durante o Simpósio Teológico Ano Sacerdotal: Fidelidade de Cristo, Fidelidade do Sacerdote. São esperados mais de 400 participantes, dos quais 150 sacerdotes de todo o país, além da presença dos seminaristas das Arquidioceses do Rio de Janeiro e Niterói, bem como estudantes da Faculdade.

É uma discussão que exige muito do âmbito acadêmico, embora ultrapasse os muros da universidade e esteja relacionada ao dia a dia das paróquias e comunidades.

De acordo com Dom Anselmo, que também é organizador do Simpósio, discussões que adentram estes temas de modo mais profundo podem ajudar no ministério dos sacerdotes e na formação dos seminaristas, colaborando na prática pastoral.

"A fidelidade tem dois significados fundamentais: primeiro, constância, perseverança, ser fiel; depois, lealdade, retidão, o oposto de infidelidade, traição. Todas as conferências estarão ligadas, de alguma maneira, a esse tema. O Simpósio tem o objetivo de ajudar o sacerdote a continuar fiel a seu propósito inicial. Para os administradores da Obra de Deus, é preciso fidelidade. No fundo, todos somos chamados a ser fiéis a Cristo; sobretudo o sacerdote, que está a serviço de Cristo – é chamado a oferecer a Cristo a sua obra e a continuar no mundo a obra de Cristo".

O monge beneditino ressalta que o sacerdote precisa contar muito com a ajuda da oração das pessoas com quem convive, dos paroquianos, do bispo.

"A sociedade exige do sacerdote a fidelidade –  expressão que o Papa escolheu e é muito bela e profunda. Percebe-se como a própria mídia cobra certa postura. E quais são os principais desafios que o sacerdote enfrenta? Primeiro, a pobreza – como viver uma vida simples em sociedade tão consumista? Logo depois, a pureza – na sociedade em que se percebe tanta liberdade mal entendida, sexualidade desregrada, é preciso voltar-se para si mesmo e buscar um equilíbrio", explica.

Nesse contexto, a oração é elemento fundamental, bem como a fidelidade aos compromissos assumidos. "Se o padre abandona os compromissos que assumiu – oração, liturgia das horas, celebração da missa cotidiana, etc -, acaba relaxando em seu comportamento", sintetiza Dom Anselmo. Por isso o auxílio de Deus é necessário para viver a fidelidade no dia a dia.

Saiba mais sobre o simpósio

Os debates acontecem entre os dias 26 e 28 de abril. A iniciativa surgiu logo após a promulgação do Ano Sacerdotal pelo Papa Bento XVI, em 19 de junho de 2009. O Simpósio está inserido no contexto mais amplo de ajudar a discernir o papel do sacerdote no mundo, bem como o quê e como falar para este mundo.

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