Depois de quase seis anos fechado por causa do incêndio que comoveu o país e o mundo, o Museu Nacional no Rio de Janeiro reabriu as portas nesta segunda-feira. Um dos mais importantes símbolos da ciência e da história do Brasil marca, agora, um novo capítulo em sua trajetória de mais de dois séculos.
Reportagem de Vinícius Cruz e Jairo Rec
O fogo que consumiu o palácio em 2018 deixou em pé apenas a imponente fachada amarela. O interior, onde estavam algumas das mais valiosas coleções científicas da América Latina virou cinzas.
Hoje o cenário é outro. O prédio histórico que foi residência da família imperial brasileira e sede do acervo científico mais antigo do país, começa a retomar sua vida. A reabertura parcial foi celebrada com emoção e orgulho.
O Ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou: “Três ambientes, inclusive nesse bloco um, que é o bloco principal, que iniciou-se a restauração, várias etapas que já foram concluídas das fachadas, do telhado”.
Entre os destaques das exposições, estão peças que resistiram a um incêndio, como meteorito bendegó e novidades que chegam para marcar esse novo momento como um esqueleto de baleia.
A ideia é reconstruir aos poucos não só o espaço físico, fazendo ressurgir das cinzas a história e o papel do museu como referência de pesquisa e conhecimento.
Fundado em 1818 e vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro e ao Ministério da Educação, o Museu Nacional é um patrimônio da memória brasileira e ressurge agora como símbolo de resistência à ciência e cultura.
A diretora do Museu Nacional, Andrea Costa comentou. “A primeira vez desde o incêndio em que a população vai poder entrar no edifício do museu”.
O reitor da Universidade Federal Fluminense, Roberto Medronho concluiu: “Nós formamos aqui pesquisadores para o Brasil inteiro, para o mundo, inclusive, não é, Andréa, e é uma instituição de reputação internacional”.
A reconstrução completa do Museu Nacional ainda levará alguns anos, mas essa nova etapa foi mais do que uma inauguração. Foi um reencontro do Brasil com a própria história.