Foi realizado hoje, 26, o primeiro dia da audiência pública em que especialistas e diversos segmentos da sociedade opinaram sobre a possibilidade de gestantes fazerem ou não o aborto de fetos com anencefalia. Em entrevista ao noticias.cancaonova.com, o representante e assessor da Comissão para a Vida e a Família da CNBB, Padre Luiz Antônio Bento, que discursou durante a audiência, falou sobre a inviolabilidade da vida humana.
Padre Luiz afirma que a vida é inviolável e que por nenhum motivo se justifica agredir ou matar, ainda que um feto mal formado: "É importante não fugir desta realidade. Um feto anencefálico é um indivíduo da espécie humana".
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Falando das imprecisões técnicas, o representante da CNBB afirma que muitas vezes se ouve dizer que um paciente terminal tem três meses de vida e acaba vivendo mais do que isso. "Além disso, uma vida vale não pelo tempo que vai viver, mas por ser uma vida humana", argumentou o padre.
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Questionado sobre a questão da doação de órgãos, explicou: "Morte encefálica significa a irreversibilidade da vida, diferentemente de anencefalia. Os anencéfalos não são doadores porque são seres vivos, seus corações pulsam e eles respiram. O feto anencefálico não é um cadáver".
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