Provas deste domingo são de linguagens e ciências humanas, e começam a ser aplicadas às 13h30
Agência Brasil
Milhões de estudantes de todo o país fazem hoje, 17, a primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. Os portões foram abertos às 11h30. Os estudantes podem entrar no local de prova até as 13h, no horário de Brasília. Por causa da pandemia do novo coronavírus, a recomendação é que seja mantido o distanciamento entre as pessoas, mesmo fora dos locais de aplicação.
Quem for diagnosticado com covid-19 ou apresentar sintomas dessa ou de outras doenças infectocontagiosas até o momento do exame não deverá comparecer ao local de prova e sim entrar em contato com o Inep pelo telefone 0800-616161. Esses estudantes terão direito a fazer a prova na data de reaplicação do Enem, nos dias 23 e 24 de fevereiro.
As provas começam a ser aplicadas às 13h30. Neste domingo, os participantes fazem as provas objetivas de linguagens e ciências humanas, com 45 questões cada, e a prova de redação. Os estudantes terão cinco horas e 30 minutos para resolver as questões. A prova termina às 19h.
Enem 2020
O exame segue no próximo domingo, 24, quando os estudantes farão as provas de ciências da natureza e de matemática. Ao todo, cerca de 5,8 milhões de estudantes estão inscritos para fazer as provas. O Enem 2020 terá uma versão impressa, nos dias 17 e 24 de janeiro, e uma digital, realizada de forma piloto para 96 mil candidatos nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.
As medidas de segurança adotadas em relação à pandemia do novo coronavírus serão as mesmas tanto no Enem impresso quanto no digital. Haverá, por exemplo, um número reduzido de estudantes por sala, para garantir o distanciamento entre os participantes. Durante todo o tempo de realização da prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras de proteção da forma correta, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. Além disso, o álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.
Impactos da pandemia
O exame, que estava inicialmente agendado para outubro e novembro do ano passado, foi adiado após uma série de protestos virtuais. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciou, então, uma série de medidas de segurança para evitar a contaminação pelo novo coronavírus.
Mesmo assim, com o aumento de casos e de mortes por covid-19 em todo o Brasil, o movimento por um segundo adiamento das provas ganhou força. A Defensoria Pública da União (DPU) acionou a Justiça pedindo o adiamento, argumentando que as aglomerações habituais nos dias de realização do Enem favorecem a disseminação do novo coronavírus. Além disso, o órgão afirma que os estudantes das escolas públicas podem ser prejudicados pela suspensão das aulas presenciais no ano letivo.
O pedido foi negado pela Justiça Federal de São Paulo, que afirmou que a alteração na data do Enem resultaria em grandes transtornos logísticos, que poderiam “comprometer a própria realização do exame no primeiro semestre de 2021”. A decisão, no entanto, ressalva que se o risco de maior de contágio levar alguma autoridade local ou regional a declarar novo lockdown, isso seria um impedimento para a realização das provas. Caberia ao Inep reaplicar a prova nessas localidades específicas.
Foi o que ocorreu no Amazonas, estado em calamidade pública por causa da pandemia, com falta de leitos e insumos para tratar os doentes. Diante dessa situação, a aplicação do exame foi suspensa no estado.