Pará, Amazonas, Rondônia, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão e Piauí serão regiões que, segundo o Inmet, estarão mais quentes do que o normal
Thiago Coutinho
Da redação
Neste domingo, 22, precisamente às 9h44, tem início a estação das flores: a primavera. Trata-se de um período de transição entre o clima seco, característica predominante do inverno, para o período úmido, ou seja, o verão.
A expectativa com a chegada da primavera são de dias mais quentes e um aumento paulatino de chuvas. Uma curiosidade: apenas na região Nordeste a primavera se mantém com tempo seco e temperaturas elevadas — os eventos de chuva retornam no fim da estação na costa norte do Nordeste.
Segundo as previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o mês de setembro, as chuvas estarão acima da média nas regiões Norte, sul do Mato Grosso do Sul e de São Paulo, bem como em grande parte da Região Sul. No Centro-Oeste e na região Sudeste, sul da Região Norte, interior da Região Nordeste e oeste do Paraná estão previstas chuvas próximas e abaixo da média climatológica.
Mais quente
O Inmet prevê ainda que a temperatura estará acima da média em grande parte do País por conta do baixo volume de chuvas — há, inclusive, a possibilidade de que alguns dias excedam o nível de calor comumente registrado nesta época do ano, especialmente Pará, Amazonas, Rondônia, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão e Piauí.
Por outro lado, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, as temperaturas médias devem ficar na faixa normal, variando de 20ºC e 22ºC, assim como no norte de Minas Gerais.
Na região Sul, os três estados poderão sofrer com temperaturas excessivas, sobretudo no sul do Rio Grande do Sul e oeste paranaense. Nas áreas de maior altitude das regiões sul e sudeste, são previstas temperaturas próximas ou inferiores a 12ºC. Além disto, não se descarta a ocorrência de geadas em algumas localidades destas regiões, devido a entrada de massas de ar frio que podem provocar declínio acentuado de temperatura, esclarece o Inmet.
La Niña
O fenômeno conhecido como La Niña, de acordo com os grandes centros de monitoramento do clima global, poderá ser percebido ao longo da primavera deste ano. O La Niña é um fenômeno “climático-oceânico” que tem como principal característica o resfriamento atípico das águas do Oceano Pacífico. Tem origem no “Pacífico Equatorial, na zona intertropical do planeta, e provoca alterações sazonais na circulação geral da atmosfera, podendo durar de nove a 12 meses. Sua ocorrência se dá entre períodos de dois a sete anos.
O retorno do volume de chuvas é esperado justamente nesta época do ano, não apenas para auxiliar nas queimadas e incêndio que acometeram o País nas últimas semanas, mas também para melhorar a umidade do solo e, assim, dar início à nova safra agrícola.