Especialista em TI dá dicas para driblar possíveis riscos ligados ao uso de novas tecnologias
André Cunha
Da redação
Cada vez mais a tecnologia tem favorecido a conectividade dos usuários na maior parte das 24 horas disponíveis num dia. Facebook, WhatsApp, Instagram, Twitter e tantos outros aplicativos “forçam” conexão constante, o que prende parte de quem usa essas tecnologias.
Só as plataformas Android e IOS disponibilizam mais de três milhões de aplicativos, entre gratuitos e pagos. Ou seja, a diversidade é enorme. Logo, o Pokémon Go é apenas mais um em meio a esse universo que, se o usuário permitir, pode entretê-lo durante boa parte do dia.
Os riscos que estes aplicativos oferecem aos usuários distraídos são muitos. No caso do Pokémon Go, o especialista em TI, Henrique Coutinho, acredita que o maior risco é dos jogadores deixarem de viver suas vidas e ficarem se dedicando principalmente ou somente ao jogo.
“Assim como todo jogo, o objetivo é que os jogadores se mantenham nele a todo momento. Mas também nada é feito de graça, pois alguns itens dos jogos vem gratuitos, mas para evoluir rapidamente é necessário gastar dinheiro vivo ou em cartão de crédito, correndo o risco de entrar numa dívida grande por algo que não é real”, opinou.
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Coleta dados
Henrique explica que há sim uma coleta feita pelo Pokémon Go, mas diz que ainda não há nada de concreto quanto a isso. “A discussão se dá por algumas pessoas dizerem que há o acesso total e outras dizem que não há tal acesso”, disse.
Segundo ele, há duas formas de criar uma conta para o jogo: criando uma conta nova onde são solicitados dados como data de nascimento, país, nome de usuário, e-mail e senha ou utilizando uma conta Google para importar algumas informações.
“No segundo caso, podemos dizer que estamos sujeitos a ter uma coleta de dados da nossa conta Google. Somado a isso, o que o jogo necessita é a localização via GPS para que possa ser encontrados os monstrinhos nos locais reais, coisa que Instagram e Facebook já fazem há algum tempo”.
“De uma maneira geral, quando se envolve tecnologia, estamos sempre expostos a riscos. O que temos que fazer é procurar tomar o maior cuidado ao criar uma conta nova em algum site, aplicativo ou jogo e nos atentarmos aos Termos de Uso e Direitos do Usuário, para que possamos estar cientes de quais informações estamos dando autorização para os Fabricantes e desenvolvedores utilizarem”, afirmou o especialista.
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A Realidade Aumentada e as novidades para o mercado
Para além dos riscos, a Realidade Aumentada usada no Pokémon Go permite interação entre o mundo real e virtual. A tecnologia já serviu diversas vezes em experiências em áreas como: medicina, entretenimento e educação.
Na educação, por exemplo, a combinação da realidade e do ambiente virtual, pode otimizar o aprendizado e as áreas ativas do cérebro essenciais para minimizar a ineficiência dos sistemas educacionais tradicionais.
Já no trânsito, a tecnologia deve ajudar na mobilidade. Especialistas indicam que, em breve, chegará ao mercado um aparelho de realidade aumentada que deixará o carro mais inteligente. Trata-se do “Exploride”, uma espécie de GPS, que pode ser comandado por voz e gestos.
Para Henrique Coutinho, o Pokémon Go ainda tende a melhorar e em breve provavelmente teremos novidades. Segundo ele, após o app, outros games virão utilizando a Realidade Aumentada. “Já há boatos de futuros jogos sobre Harry Potter e Senhor dos Anéis”, aposta o especialista.
“Devido ao grande sucesso de Pokémon Go, caso realmente seja lançado os games dos filmes, com certeza terá a adesão dos fãs dos filmes”, considerou.