Relíquia

Peça sacra roubada há 39 anos é devolvida à arquidiocese

A restituição foi feita pela diretora do museu, Mônica Xexéo, e pelo procurador do Ministério Público Federal no Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Suiama

Da redação, com Assessoria da Arquidiocese de Olinda e Recife

Um patrimônio religioso, histórico e cultural foi devolvido à Arquidiocese de Olinda e Recife nesta terça-feira, 11. O sacrário em madeira recoberto com placas decoradas em prata desaparecido há 38 anos, foi entregue ao presidente da Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Cultura, frei Rinaldo Pereira no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), no Rio de Janeiro.

A restituição foi feita pela diretora do museu, Mônica Xexéo, e pelo procurador do Ministério Público Federal no Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Suiama. Museólogas e advogados participaram do ato de assinatura do contrato de devolução e do termo de ajustamento de conduta. A peça pertencente à Igreja Madre de Deus, no bairro do Recife, havia sido roubada no dia 23 de janeiro de 1976.

O sacrário será apresentado oficialmente na próxima terça-feira, 18, ao arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, e aos sacerdotes durante reunião mensal do clero. O encontro será realizado às 8h30, no Centro Arquidiocesano de Pastoral Dom Vital, no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife. O procurador Sérgio Suiama e a museóloga, Cláudia Rocha, representante do Museu de Belas Artes estarão presentes na cerimônia. O relicário ficará disponível para a visitação pública no Museu de Arte Sacra de Pernambuco, em Olinda.

O exemplar foi encontrado em poder de um herdeiro de colecionador particular, que espontaneamente concordou em devolvê-lo após vistoria realizada pela Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A restituição ocorreu no dia 13 de agosto de 2014. Desde então o bem esteve sob os cuidados do MNBA.

A peça

O sacrário ou tabernáculo é uma urna onde se guardava as hóstias consagradas. Dotada de estrutura de madeira é recoberta com placas decoradas em prata, formando peça em duas partes, corpo e coroamento, com abertura frontal, medindo 69 centímetros de altura por 49 de largura. No topo, há a imagem de um cordeiro deitado sobre um livro selado por sete selos numa referência ao capítulo 5 do livro do Apocalipse de São João.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo