“Entrave da Pastoral da Saúde dentro da questão de saúde pública do país, é tentar dimensionar isso a uma melhor flexibilidade de acesso do usuário”, afirma coordenador
Da redação
André Cunha, com colaboração de Kelen Galvan
Segundo o Instituto Datafolha, mais de 90% da população considera os serviços públicos e privados de saúde no Brasil são considerados regulares, ruins ou péssimos.
Em meio a essa insatisfação, às complexidades do Sistema Único de Saúde que incluem atendimento precário ou ausente, falta de recursos tecnológicos e humanos, está a Pastoral da Saúde que, em nome da Igreja Católica, desenvolve um trabalho em unidades hospitalares, junto a conselhos municipais, estaduais e federal de saúde, com representantes nesses seguimentos.
De acordo com o coordenador nacional da Pastoral da Saúde, Alex Motta, diante das limitações do sistema, o trabalho é conscientizar a população acerca dos seus direitos. Ele afirma que, a partir do ponto de vista pastoral, para tentar uma melhoria na assistência de saúde pública no país, é importante uma participação dos leigos nas comunidades, não só dos agentes da pastoral da saúde, mas também de toda a comunidade.
Motta destaca que um dos principais problemas de saúde no Brasil, é o atendimento de maior complexidade, nesse caso, das especialidades médicas. Segundo ele, especialistas como neurocirurgião, dermatologista, reumatologista, são acesso limitado a uma parte da população, bem como, exames médicos do tipo mamografia, ultrassonografia, e outros.
“Então, o entrave da Pastoral da Saúde dentro da questão de saúde pública do país, é tentar dimensionar isso a uma melhor flexibilidade de acesso do usuário”, explicou.
Mensagem do Papa
Há 25 anos os Papas escrevem aos enfermos e àqueles que deles cuidam, sempre aos 11 dias de fevereiro. São João Paulo II foi quem decretou o Dia Mundial do Enfermo, em 1992.
Para o coordenador da PS, a mensagem “convida os familiares, os profissionais e aos agentes da pastoral, e principalmente aquelas pessoas que cuidam dos doente no anonimato, a da darem graças pela vocação de acompanhar os irmãos doentes”.
“É uma mensagem de fé e esperança aos doentes, aos profissionais e voluntários que trabalham na área da saúde. Assistir aos enfermos é uma forma concreta de mostrar o amor. Como Igreja, não deixemos desanimar aqueles que têm essa missão. Pois todos nós, em algum momento da vida, ficamos ou ficaremos doentes, ou encontraremos alguém em situação de fragilidade”, disse.
“É importante a gente recordar esse dia, pedindo a intercessão de Nossa Senhora de Lourdes que inspirou essa data”, acrescentou.
Romaria da Pastoral da Saúde
Neste sábado, 11, a Igreja celebra o dia de Nossa Senhora de Lourdes e o Dia Mundial dos Enfermos. Para festejar essa data, a Pastoral da Saúde Nacional vai promover celebrações em todas as dioceses do país.
“Neste dia somos convidados a pedir a intercessão de Maria para nossos doentes e seus familiares. Além de rezamos para que profissionais da saúde e políticos tenham carinho e zelo pela saúde de nossos irmãos e irmãs”, destaca Alex Motta.