No Brasil, a soja geneticamente modificada já é uma realidade. Pesquisadores desenvolveram sementes mais resistentes ao clima e às pragas. A discussão agora está em torno da comercialização do milho transgênico. A Pastoral da Terra fez nesta terça, 29, protesto, em Brasília, contra a liberação desse produto já que não há estudos que comprovem os riscos para a saúde da população.
Antes da reunião do Conselho Nacional de Biosegurança, movimentos sociais junto a Comissão de Pastoral da Terra entregaram uma cesta com produtos orgânicos aos onze ministros.
O Conselho se reuniu para definir a liberação comercial do milho transgênico. No ano passado duas empresas estrangeiras receberam um parecer favorável para comercializar suas variedades de semente. Mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) questionaram a decisão.Os dois orgãos entraram com recurso pedindo mais estudos sobre o risco da comercialização do produto à saúde da população e ao meio ambiente.
A reunião terminou sem nenhuma decisão conclusiva. Os ministros devem se reunir em 12 de fevereiro e até lá devem consultar advogados do Governo para tomar uma decisão final com base jurídica.
A Pastoral da Terra tem uma proposta de uma campanha nacional por um Brasil livre de trangênicos que quer convencer o Governo Brasileiro a seguir o exemplo da França e Itália que proibíram a semente dos transgênicos.
Sem autorização legal, muitos produtores já plantam variedades desde milho em lavouras clandestinas. É possível que isso abra caminho para a autorização da comercialização do produto no Brasil.
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