Cerca de 175 pessoas participaram do encontro com o ministro da Defesa Nelson Jobim num hotel da zona sul de São Paulo. Jobim ficou sabendo que 23 minutos de gravações da caixa preta do Airbus A-320 que fazia o vôo 3054 no dia 17 de julho entre Porto Alegre e São Paulo e que se chocou contra o prédio da própria companhia deixando 199 mortos, teria se apagado. "Fiquei sabendo disso agora", disse o ministro.
A informação foi apresentada num documento feito pelos parantes das vítimas mas a fonte não foi revelada. A pauta da reunião foi baseada na transparência das investigações e boa parte dos parentes das vítimas cobram do governo federal, mudanças na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A atual diretoria da agência está sendo duramente criticada pela sua inoperância. Entretanto, Nelson Jobim não confirmou nem descartou as demissões do presidente da Anac Milton Zuanazzi e da sua principal diretora, Denise Abreu.
Os parentes das vítimas marcaram para esta sexta-feira (17), um ato para marcar o primeiro mês do acidente com o Airbus. Eles pretendem sair por volta das 17h30 do hotel onde estão hospedados na zona sul de São Paulo e que fica cerca de três quilômetros do aeroporto de Congonhas e farão uma passeata silenciosa pelo saguão do terminal parando em frente aos balcões de check in da Tam. Depois farão uma caminhada até o prédio onde o avião bateu.
Segundo Roberto Gomes, irmão do empresário Mário Gomes – morto no acidente – o grupo deixará cerca de 300 rosas brancas em memória das vítimas. "É uma maneira de lembrarmos de todos os nossos parentes que faleceram nesta tragédia. Será uma manifestação silenciosa para que este acidente não caia no esquecimento", esclarece.