O Santo Padre presidiu, esta manhã, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, a uma Capela papal em sufrágio dos cardeais e bispos que faleceram nos últimos doze meses.
A missa foi celebrada pelo Cardeal Secretário de Estado, Angelo Sodano, e concelebrada por outros cardeais. JPII fez a homilia da celebração e, no final, concedeu a sua bênção apostólica.
“Um clima pesaroso e, ao mesmo tempo suave, no qual a consoladora certeza da comunhão dos santos lenifica a dor, jamais totalmente aplacada”: é essa a atmosfera que envolve a comunidade eclesial a cada ano na solenidade de Todos os Santos e na celebração do Dia de Finados _ disse o Papa em sua homilia, falando dos purpurados e prelados que, no decorrer dos últimos doze meses, “chegaram à meta” definitiva.
A eles “somos agradecidos pelos exemplos” deixados como ajuda para nosso caminho. A alguns deles, o Papa era ligado por “vínculos de profunda amizade” _ como sublinhou o próprio Pontífice.
“Gostaria de mencionar, de modo particular, os veneráveis cardeais que nos deixaram: Paolo Bertoli, Franjo Kuharic, Louis-Marie Billé, Alexandru Todea, Johannes Joachim Degenhardt, Lucas Moreira Neves, François-Xavier Nguyên Van Thuân e John Baptist Wu Cheng-Chung.”
O Santo Padre recordou também os arcebispos e bispos que, em várias partes do mundo, “na hora da morte _ recordou o Papa _, pronunciaram o último “eis-me aqui”, unido ao de Jesus, que morreu “confiando seu espírito nas mãos do Pai”. O Papa não esqueceu de ressaltar que “alguns deles tiveram a graça de oferecer um testemunho heróico, afrontando duras provas e perseguições desumanas”.
A luz da fé _ concluiu JPII _ nos faz sentir ainda mais próximos a nossos irmãos defuntos: “A morte aparentemente nos separou, mas a potência de Cristo e de Seu Espírito nos une de modo ainda mais profundo.”
Atualmente, o Sacro Colégio Cardinalício conta 171 purpurados, de 65 países, dos quais 114 eleitores e 57 não-eleitores num eventual conclave.
Fonte: Rádio Vaticano