Elaborada a partir de 2.002 entrevistas em 143 municípios, a pesquisa mostrou que o Inec superou os níveis pré-crise, ao subir 1,5% ante o trimestre anterior, a terceira alta consecutiva no ano. O indicador atingiu 117,2 pontos, o maior nível desde 2001, quando a série foi iniciada.
São duas as explicações para o comportamento do índice. "De uma forma geral, o Inec cresce em dezembro, porque reflete o otimismo das pessoas com o ano que está por começar", explicou Renato da Fonseca, gerente-executivo de Pesquisa, Avaliação e Desenvolvimento da CNI.
Além disso, complementou, o maior otimismo também vem do fato de os efeitos da crise terem sido menos intensos do que o esperado.
O Inec é composto de seis variáveis. Nesta edição, o índice subiu porque três delas tiveram altas mais fortes do que as três que registraram queda.
As expectativas com a renda pessoal, situação financeira e intenção de compras de bens de maior valor foram as que levaram o INEC a crescer. Na outra ponta, o endividamento e as expectativas de inflação e de desemprego tiveram piora nos índices, impedindo que o INEC subisse mais.
A expectativa com a renda pessoal foi o ponto alto da pesquisa, destacou Renato da Fonseca. Esse indicador subiu 5,1% ante o terceiro trimestre, de 113,8 pontos para 119,6 pontos e atingiu o maior nível desde o início da série histórica.
"Parte do otimismo vem do fato de a crise não ter tido efeitos tão graves quanto o esperado, sobretudo para quem trabalha em outros setores que não a indústria", afirmou.
O consumidor que respondeu a pesquisa também apontou para uma melhora da situação financeira. O indicador passou de 114,5 pontos no terceiro trimestre para 117,4 pontos no quarto, uma alta de 2,5%.
Esses dois aumentos combinados justificam o crescimento da intenção de compras de bens de maior valor. Esse indicador subiu 4,5%, de 112,1 pontos no terceiro
trimestre para 117,1 pontos no quarto.
A pesquisa foi realizada entre os dias 26 e 30 de novembro.
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