Campanha de vacinação acontecerá até este sábado, 27
Da redação
A partir desta segunda-feira, 22, quem for doar sangue no Hemorio, centro que coordena o recolhimento e distribuição de sangue no Rio de Janeiro, poderá também tomar a dose da vacina contra a febre amarela. Esta campanha acontecerá até sábado, 27.
O centro disponibilizará diariamente 400 doses da vacina contra a doença. Os voluntários que doarem sangue ou os que forem considerados inaptos para tal, após passar por triagem clínica, poderão receber a dose da vacina. A adesão do órgão à campanha de vacinação contra a febre amarela faz parte do esforço para atender à população, segundo o secretário de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Jr.
“Estamos pedindo que a população busque a vacina. Com isso, ampliamos o número de doações e também vacinamos mais pessoas”, disse.
Teixeira Júnior ressaltou que no Hemorio só serão vacinados os candidatos à doação de sangue, o que torna, portanto, “necessário que o doador passe pela triagem antes da imunização”.
O Hemorio é responsável pelo abastecimento das emergências dos hospitais da capital, maternidades e outras unidades de saúde e, também, pelo envio de sangue, quando necessário, para outras cidades.
A iniciativa é importante, porque vai promover a elevação dos estoques no banco de sangue do estado, exatamente nos dias que antecedem o carnaval, período em que a unidade recebe até 40% menos doadores de sangue.
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Com a vacinação em massa, a tendência é que os estoques diminuam ainda mais. Por este motivo, na avaliação do diretor-geral do Hemorio, Luiz Amorim, “é de extrema importância que as pessoas doem sangue antes de serem vacinadas, já que é preciso esperar quatro semanas para doar após a vacina”. Para ele, “a criação deste polo é uma solução eficiente para evitar o desabastecimento de sangue neste período que antecede e também durante o carnaval”.
Doação
De acordo com o Hemorio, as pessoas que tomaram a vacina contra a febre amarela há mais de quatro semanas já podem doar sangue normalmente. Quem teve a doença também pode doar, desde que a cura tenha ocorrido há mais de um ano.
Para doar sangue é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50 kg, estar bem de saúde e portar um documento de identidade oficial com foto. Jovens com 16 e 17 anos só podem doar sangue com autorização dos pais ou responsáveis legais. O modelo de autorização pode ser retirado no site do Hemorio.
O centro informa que não é necessário estar em jejum para fazer a doação, mas é preciso evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação e também bebidas alcoólicas 12 horas antes.
A unidade funciona todos os dias, inclusive sábados, domingos e feriados, das 7h às 18h, na Rua Frei Caneca, n° 8, no Centro do Rio.
Balanço da doença
No último Informe Epidemiológico sobre a febre amarela, divulgado pela Secretaria de Estadio de Saúde do Rio, feito na sexta-feira passada (19), indica que neste ano, em todo o estado, foram registrados 14 casos de febre amarela silvestre em humanos.
Destes, três foram registrados em Teresópolis, na região serrana do estado, um dos quais resultou em óbito; 8 casos foram registrados em Valença, no centro sul, sendo três óbitos; um caso em Nova Friburgo e outro em Petrópolis, ambos os municípios da Região Serrana; e um caso de óbito em Miguel Pereira, no Centro-Sul Fluminense.
Doença em macacos
Até o momento, só há um caso confirmado de febre amarela em macacos, sendo este encontrado no bairro de Niterói, no Grande Rio. A pedido da Secretaria Estadual de Saúde, no entanto, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) análise a morte de quatro macacos, ocorridas na Floresta da Tijuca, na zona norte da capital.
As conclusões devem ser apresentadas até o final da tarde de hoje. Os quatro macacos-pregos foram encontrados mortos há uma semana na Rua Alves Câmara, que dá acesso à floresta. O exame começou a ser feito na última sexta-feira (19) e deverá levar 72 horas para ser concluído.
A Secretaria Estadual de Saúde afirma que os macacos não são responsáveis pela transmissão da febre amarela. A doença é transmitida pela picada de mosquitos. “Ao encontrar macacos mortos ou doentes, o cidadão deve informar o mais rápido possível às secretarias de Saúde do município ou do estado do Rio.”