Abertura da Copa do Mundo 2018 será na próxima quinta-feira, 14
Julia Beck
Da redação, com contribuição de Thiago Coutinho e André Cunha
A seis dias da abertura da Copa do Mundo, os brasileiros já iniciaram os preparativos para o início dos jogos. À medida que se aproxima do dia 14 de junho, as cores verde e amarelo começam a aparecer mais em ruas, avenidas e casas, e inspiram mais brasileiros, como a fotógrafa Sylvia Regina e o montador autônomo Vladimir Alves, no desejo da conquista do hexa por parte da seleção brasileira.
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Apaixonada pelo evento, Sylvia, que mora em Cachoeira Paulista, interior de São Paulo, conta que os sentimentos com relação ao campeonato mundial de futebol são antigos. “Eu moro em Cachoeira Paulista, no mesmo lugar, desde quando nasci, (…) e eu lembro que quando era pequena nós pintávamos a rua, pendurávamos bandeirinhas, então eu tenho isso dentro de mim muito forte desde pequena”, conta. O pai e a mãe da fotógrafa são, segundo ela, os responsáveis pelo cultivo de seu amor pelo campeonato: “É uma paixão de família!”.
A fotógrafa, que decorou toda a casa com o tema da seleção brasileira, diz que a Copa é sempre um tempo de recordação. “É muito a minha infância”, revela. Mãe de duas filhas, Aléxia de 19 anos, e Lavínia de 6 anos, Sylvia tenta passar a mesma paixão para as herdeiras: “As minhas filhas são mais envergonhadas, mas na hora de torcer elas gostam”.
Sobre a decoração, Sylvia conta que juntou boa parte do que sobrou da última copa e alguns novos acessórios comprados neste ano. A casa já está toda decorada de verde e amarelo há duas semanas, faltando apenas, para estar completa, a bandeira do Brasil. “Eu tenho uma bandeira gigante que ainda não sei onde eu vou pendurar, só sei que vou pendurar”, comentou aos risos. Para a fotógrafa, apesar da crise política, econômica e social do país, a Copa é ainda um dos poucos momentos de diversão e que possibilitam ao brasileiro esquecer os problemas e dificuldades. “O futebol continua sendo uma paixão nacional. Eu tenho fé que este ano o Brasil vai ganhar”, afirma esperançosa.
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Com o mesmo entusiasmo de Sylvia, Vladimir se uniu com os vizinhos e iniciaram a pintura da rua, no Parque Santa Clara, em Guaratinguetá (SP). Segundo o montador, a iniciativa partiu de jovens e crianças da rua e contagiou os moradores da localidade. “A criançada que mora no final da minha rua começou a pintar o canto da rua, os postes, e começaram a fazer bandeirinhas para colocar perto do início da Copa, aí pensei: vou ajudar”.
“Não foi nada programado. O pessoal começou a fazer, aí foi juntando um, outro, até formarmos o grupo”, recordou Vladimir. A movimentação na rua contou com a ajuda de todos os moradores que doaram, cada um, 12 reais para a compra das tintas e materiais para a confecção das bandeirinhas. Mas a animação não para por aí: de acordo com Vladimir, o grupo pensa em instalar telões para o dia dos jogos e quer inscrever a rua em um concurso local de decoração para a Copa.
“Os jogos animam o povo”, declarou o montador que se diz um apaixonado pelo esporte desde a infância. “Eu sempre joguei futebol e sempre gostava de acompanhar a Copa do Mundo”, recorda Vladimir. Assim como Sylvia, o guaratinguetaense acredita na seleção para levar o título de hexa campeã e reverter um resultado da Copa 2014 difícil de esquecer: “Eu espero que o Brasil seja campeão e que dê um retorno dos 7×1 contra a Alemanha. Está entalado até hoje”, divertiu-se.
O comércio
Romário Helter, vendedor de uma loja de artigos esportivos de São José dos Campos, interior de São Paulo, comentou que a procura por camisetas oficiais da seleção brasileira está bem grande. Faltando pouco para a Copa 2018, a camiseta azul, segunda opção para os jogadores da seleção, já está esgotada. “A procura dela foi maior, mas ainda temos a amarela. (…) A Copa, querendo ou não, é esperada. Então, quando chega próximo a ela, muitos clientes vem procurando camisetas, acabam comprando a oficial ou alguma similar”, relatou.
“Tudo que faz barulho vende”, foi o que afirmou a vendedora de uma loja de artigos para presentes e utensílios domésticos, Cleuza Faria. As cornetas são, segundo a vendedora, líderes de venda seguidas de bandeiras, chapéus e acessórios temáticos. Na loja, também localizada em São José dos Campos, são poucos os artigos restantes.