Nesta sexta-feira, 1º, uma marcha sairá, às 12h30, da Universidade Federal do Paraná; e no dia 5 haverá uma moção de repúdio na Câmara dos Vereadores de Curitiba (PR)
Luciane Marins e Padre Roger Araújo
O Canção Nova em Foco desta semana aborda os conflitos na Faixa de Gaza. Padre Roger Araújo conversa com o diretor religioso da Sociedade Beneficente Muçulmana do Paraná, Gamal Fouad El Oumairi.
Em Curitiba (PR), muçulmanos e judeus humanistas têm se unido em iniciativas pela paz no Oriente Médio. “Essa parceria tem tido o objetivo de manar paz à região. […] Nós temos sim pontos de união e afinidade com judeus humanistas que pregam a paz, o respeito a outras religiões. Não há nenhum impedimento nesse sentido de que a gente possa fazer uma aliança.”
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No dia 20 de julho, judeus e muçulmanos se reuniram na Mesquita de Curitiba para pedir paz em Gaza. Já no dia 26, além de judeus e muçulmanos, representantes de outras religiões também se reuniram na Catedral da cidade com o mesmo objetivo.
Gamal Oumairi conta que a Sociedade Beneficente Muçulmana no Paraná tem recebido pessoas de diferentes religiões, grupos sociais e partidos políticos, que desejam enviar uma mensagem solidária de paz diante dos recentes conflitos. E é da população mundial que Oumairi espera apoio.
“Muçulmanos, cristãos, budistas, espíritas, pessoas de todos os credos têm vindo em nossa Mesquita fazer orações pela paz em Gaza. Os muçulmanos não estão sozinhos nessa defesa pela causa palestina. A maior parte das pessoas que tem senso humanitário e que buscam a paz no mundo apoiam a causa palestina.”
Ele espera ainda que a sociedade se mobilize, que as pessoas participem de eventos em prol da paz, de debates, palestras, enfim, que busquem conhecer o que de fato acontece na região.
Nos próximos dias, outros dois atos em favor da paz estão programados na cidade. Nesta sexta-feira, 1º, uma marcha sairá, às 12h30 da Universidade Federal do Paraná; e no dia 5, às 9h, haverá uma moção de repúdio na Câmara dos Vereadores de Curitiba (PR). Todos podem participar.
“A palavra Islã significa paz, e é esse nosso objetivo como muçulmanos. Não queremos nada diferente disso para o povo palestino, para o povo de Gaza, para o mundo e a população brasileira.”
Na entrevista, Oumairi defende que em Gaza não acontece uma guerra, mas sim um massacre, explica porque acredita que não haverá uma trégua nos próximos dias, fala sobre o papel da ONU na região e defende a postura do Governo brasileiro diante do conflito.
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