Morreu na noite desta quarta-feira, 5, no Rio de Janeiro (RJ) o arquiteto Oscar Niemeyer. Aos 104 anos, ele estava internado desde o dia 2 de novembro no Hospital Samaritano, em Botafogo, na capital carioca, vítima de complicações renais e desidratação.
O quadro de saúde de Niemeyer piorou nas últimas horas e o boletim médico, assinado na tarde de ontem pelo médico intensivista Fernando Gjorup, indicava piora "no estado clínico do arquiteto".
Por causa de uma infecção respiratória, o arquiteto que estava na unidade intermediária do hospital, ficou sedado e respirando com auxílio de aparelhos. Niemeyer morreu às 21h55. Ele completaria 105 anos no próximo dia 15.
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, divulgou nota em que lamenta a morte de Niemeyer e decreta luto oficial de sete dias. De acordo com o Agnelo, é preciso preservar o legado arquitetônico deixado por Niemeyer.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, confirmou que o corpo do arquiteto será velado nesta quinta-feira, 6, no Palácio do Planalto, em Brasília, e depois deve retornar ao Rio, para ser velado no Palácio da Cidade, sede da prefeitura, em Botafogo, que ficará aberto à visitação pública. Segundo o prefeito, o enterro ocorrerá na sexta-feira, 7, à tarde, no Rio de Janeiro.
Sobre sua obra
Niemeyer se transformou em sinônimo de ousadia com a construção de Brasília. Os cartões-postais da cidade foram feitos por ele, como a Igrejinha da 307/308 Sul, construída no formato de um chapéu de freira cuja obra durou apenas 100 dias.
O Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência da República, foi o primeiro edifício público inaugurado na capital, em junho de 1958. Na obra, os pilares que Niemeyer desenhou para a fachada do prédio, passaram a ser o emblema de Brasília.
A sede do governo federal, o Palácio do Planalto, compõe o conjunto de edifícios da Praça dos Três Poderes onde estão os prédios do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional – formado por duas semiesferas simbolizando a Câmara dos Deputados (voltada para cima) e o Senado (voltada para baixo).
Porém, um dos símbolos mais visitados da capital é a Catedral Metropolitana. Construída como uma nave, o acesso ao prédio é possível por meio de uma passagem subterrânea.
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