Homenagem às vítimas

Moradores de Suzano lembram um mês do massacre em escola

Até o momento, três homens foram presos e um adolescente apreendido

Agência Brasil

Veículos oficiais na escola Raul Brasil, após a tragédia/ Foto: REUTERS -Amanda Perobelli

Para marcar um mês do massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, a prefeitura de Suzano promove neste sábado, 13, uma solenidade no Parque Municipal Max Feffer. A programação ocorrerá até as 17h, com eventos culturais e recreativos.

Para o prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, a celebração tem o objetivo de enaltecer a paz e a união das famílias. “Queremos levar mensagem de paz a todo o mundo e homenagear as vítimas e seus familiares. Vale destacar que não será uma festa, mas, sim, uma cerimônia de homenagem a todos que foram atingidos direta ou indiretamente com a fatalidade na escola. Convidamos a todos para participarem desta solenidade”, disse o prefeito. A estimativa é que 15 mil pessoas participem dos eventos.

Massacre em Suzano

Passados 30 dias do ataque, três homens foram presos pela polícia de São Paulo, suspeitos de ter negociado armas e munições com os atiradores. Um adolescente foi apreendido, no mês passado, suspeito de ter participado do planejamento do atentado. A Polícia Civil e o Ministério Público do estado continuam as investigações sobre a participação de um outro menor de idade e buscam ainda pessoas que fizeram apologia ao crime nas redes sociais.

O ataque à escola, ocorrido na manhã do dia 13 de março deste ano, foi feito por dois ex-alunos da escola – Guilherme Taucci, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos – encapuzados e armados. Antes de invadir a escola, eles mataram um comerciante, que era tio do adolescente. Na escola, cinco alunos e duas professoras morreram, além dos dois atiradores. O ataque deixou 11 feridos.

Os aparelhos celulares dos envolvidos no ataque foram rastreados e analisados, o que ajudou a polícia a chegar aos suspeitos. Um deles, um mecânico de 47 anos, que foi detido no último dia 10, em Suzano, com um revólver e munição, pode ter negociado armas e munições com os atiradores.

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Os outros dois, um vigilante particular e um comerciante, também são suspeitos de ter vendido armas e munição. Eles foram presos, na última quinta-feira, 11, em flagrante. A conclusão do Ministério Público é que os atiradores adquiriram as armas por meio das redes sociais. Segundo o MP, o adolescente apreendido pode ter sido o mentor intelectual do crime. O advogado do jovem, porém, nega que ele tenha ligação com o crime.

Uma equipe multidisciplinar do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Imesc), que é vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania de São Paulo, foi a Suzano na quinta-feira, 11, para fazer uma avaliação física e psicológica de 11 alunos feridos durante o ataque à Escola Raul Brasil. Os peritos produzirão laudos sobre a avaliação integral do dano pessoal sofrido pelas vítimas.

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