Cardeal era arcebispo emérito de São Paulo, local onde a Missa será celebrada
Da redação, com informações da CNBB
Nesta quinta-feira, 14, recorda-se um ano de falecimento do Cardeal Paulo Evaristo Arns, que morreu aos 95 anos vítima de problemas pulmonares. Em sua memória, será celebrada uma Missa às 12h na Catedral da Sé em São Paulo (SP). Dom Arns, autor de 57 livros, recebeu mais de 40 homenagens, além de 31 prêmios e 31 medalhas, sendo um grande ícone da Igreja no Brasil, com atuações importantes também no Vaticano.
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Nascido em 14 de setembro de 1921, na cidade de Forquilhinha (SC), filho de Gabriel Arns e Helena Steiner, Dom Arns tinha treze irmãos, entre eles a médica pediatra e sanitarista Zilda Arns Neumann. Seguindo sua vocação, foi ordenado sacerdote no dia 30 de novembro de 1945, aos 24 anos, em Petrópolis (RJ), integrante da Ordem dos Frades Menores (OFM). No dia 7 de julho de 1966, recebeu a ordenação episcopal. Em 5 de março de 1973, foi nomeado cardeal pelo então Papa Paulo VI.
Em sua trajetória episcopal, Cardeal Arns foi bispo auxiliar de São Paulo, de 1966 a 1970, período em que foi vigário episcopal da região Norte da arquidiocese. Na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi encarregado do Departamento de Educação e no regional Sul 1 da entidade, atuou como presidente da Comissão Episcopal do Regional. Também exerceu funções na Cúria Romana, onde foi membro da Sagrada Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, do Secretariado para os não-crentes e do Secretariado do Sínodo dos Bispos.
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Dom Arns, que esteve à frente do governo pastoral da arquidiocese de São Paulo entre 1970 e 1998, foi ainda grão-chanceler da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP); membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo; delegado à Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a América. O cardeal também representou a Sociedade Civil no Conselho Deliberativo do Instituto de Estudos Avançados e membro titular do Conselho da Cátedra Unesco do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP).
Para homenagear o cardeal, na noite desta quarta-feira, 13, o livro “Dom Paulo, um homem amado e perseguido”, das jornalistas Evanize Sidow e Marilda Ferri, foi relançado no auditório do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), em São Paulo.
Nesta quinta-feira, 14, além da missa, outra iniciativa marcará a data de um ano de falecimento do cardeal. Um documentário produzido pelo jornalista Ricardo Carvalho, intitulado “Coragem – As muitas vidas do Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns”, será exibido simultaneamente em sete capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Brasília e Belo Horizonte.