Solenidade

Missa conclui festividades em honra a Frei Galvão

Dom Damasceno deu novas informações sobre o projeto de ampliação do Santuário de Frei Galvão

Kelen Galvan
Da redação

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O Santuário Arquidiocesano de Frei Galvão em Guaratinguetá (SP) celebrou nesta terça-feira, 25, uma Missa em honra ao primeiro santo brasileiro, Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, festejado hoje pela Igreja Católica.

A celebração foi presidida pelo Cardeal Raymundo Cardeal Damasceno Assis, Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Aparecida (SP).

Na homilia, Dom Damasceno recordou o significado desta festa para a cidade de Guaratinguetá, pois é a cidade onde Frei Galvão nasceu em 1739. “Além de ter nascido aqui, foi beatificado e canonizado como primeiro santo brasileiro. É uma honra muito grande para Guaratinguetá e para todo o Brasil”.

O cardeal lembrou ainda que ele é o padroeira secundário da cidade, atrás de Santo Antônio de Pádua, e destacou o recente título que Frei Galvão recebeu como patrono da construção civil e dos profissionais da engenharia civil.

“Ele teve uma relação muito grande com a construção civil, foi pedreiro, chegou a ser mestre de obra, e construiu vários edifícios, cito o Mosteiro da Luz, em São Paulo, e a Igreja que fica ao lado. Uma obra prima na cidade de São Paulo, que foi reconhecida pela Unesco”.

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Dom Damasceno trouxe ainda uma novidade aos fiéis sobre a ampliação do Santuário de Frei Galvão. Ele explicou que a arquidiocese já têm a escritura do terreno e já foi feito o estudo de topografia e o plano funcional (o que vai existir nesta área), porém será um projeto a médio e longo prazo.

“Vamos partir agora para o estudo de impacto de vizinhança, e depois é claro, o estudo preliminar do projeto arquitetônico. Sabendo que isso não se faz de um dia para outro e que exige tempo, paciência e muita confiança em Deus”.

Sobre a liturgia

Ao comentar sobre as leituras do dia, o cardeal disse que a primeira leitura (cf. Ef 5,21-33) fala do sacramento do matrimônio e destacou que o texto pode ser mal interpretado por falar da submissão da mulher para com o marido, mas que na verdade, trata de uma relação de amor e portanto, ambos iguais em dignidade.

Ele explicou que os cônjuges deve encontrar no matrimônio um caminho para a santidade e a submissão a Deus, e que a relação entre os dois deve ser de amor, entrega, fidelidade e abertura à vida. “Onde os dois se respeitam na diferença um do outro, colaboram entre si e querem que o outro cresça, que seja feliz, e ao buscar a felicidade do outro também é feliz”.

E sobre o Evangelho (cf. Lc 13,18-21), que fala sobre o homem que lança a semente de mostarda na terra, e ela cresce e chega ao ponto de abrigar os pássaros, e também da mulher que colocar o fermento na massa, que cresce até tornar-se pão.

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Segundo o cardeal, assim é o Reino de Deus. “Cresce misteriosamente, silenciosamente, quase sem perceber. É assim que Jesus quis explicar o mistério do Reino de Deus”.

Dom Damasceno afirmou ainda que cada um tem sua contribuição para a construção desse Reino, à medida que acolhe a Palavra de Deus de coração aberto e permite que essa Palavra o transforme.

“É muito importante ligar o Evangelho à nossa vida, é preciso vivê-lo, dando testemunho desses valores humanos e cristãos, que o Evangelho nos transmite, e assim transformar essa sociedade dentro do projeto de Deus”.

Ele destacou ainda que nunca deve-se perder a esperança, pois cada vez que se faz uma boa ação, se dá um bom testemunho, o Reino de Deus vai crescendo, até chegar a sua plenitude, quando Deus será tudo em todos.

Ao final da Missa, o cardeal incensou a imagem de Frei Galvão e em seguida rezou com os fiéis uma oração em honra ao santo.

Festa de Frei Galvão

Ao longo do dia, haverá outras Missas concluindo as festividades, que tiveram início no dia 16 de outubro, motivadas pelo tema “No caminho da misericórdia com Santo Antonio de Sant’Anna Galvão”. [Veja a programação]

Frei Galvão, como tornou-se conhecido, foi canonizado em 11 de maio de 2007, por Bento XVI, e tornou-se o primeiro santo nascido no Brasil.

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