Campanha de incentivo à amamentação materna exclusiva faz parte da Semana Mundial da Amamentação que começa na próxima quarta-feira, 1º
Da redação, com Ministério da Saúde
Com o slogan “Amamentação é a Base da Vida”, o Ministério da Saúde lançou nesta sexta-feira, 27, a nova campanha de aleitamento que fará parte da Semana Mundial da Amamentação, compreendida entre os dias 1º e 7 de agosto. A campanha reforça a importância do leite materno para o desenvolvimento das crianças até dois anos e exclusivo até os seis meses de vida — orientação preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Para o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, é preciso incentivar a amamentação assim como a doação de leite também. “Quanto mais tempo as crianças são amamentadas, mais elas adquirem resistência às doenças. A mulher que amamenta tem benefícios para sua saúde. Peço que as mães além de amamentar, que também doem leite, que é fundamental para crianças que necessitam de leite materno. Estamos trabalhando para ampliar o número de salas de amamentação nas empresas e dentro dos nossos serviços de saúde”, destacou o ministro.
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Entre as principais dificuldades constatadas pelo Ministério da Saúde quanto à amamentação exclusiva, estão o posicionamento incorreto, insegurança quanto à quantidade de leite produzido, introdução de chupetas e mamadeiras, falta de apoio da família e retorno ao trabalho. A campanha visa sensibilizar a sociedade quanto aos benefícios do leite materno no desenvolvimento saudável da criança. Segundo OMS e UNICEF, cerca de seis milhões de crianças são salvas a cada ano com o aumento de taxas da amamentação exclusiva até o sexto mês de vida.
O representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil, Joaquín Molina, ressaltou a importância dos países envolvidos na Semana Mundial de Amamentação incentivarem o aleitamento materno. “O leite materno é um recurso natural capaz de preservar e melhorar a saúde, combater a pobreza e as desigualdades, melhorar a produtividade no trabalho, empoderar as mulheres e proteger a biodiversidade. Funciona como a primeira vacina de um bebê e dá a ele todo o alimento que precisa. A OPAS reafirma o seu apoio ao Brasil no enfrentamento das barreiras que dificultam o livre acesso às medidas de proteção e garantia ao aleitamento materno adequado”.
No Brasil, 67,7% das crianças mamam na primeira hora de vida e a duração média do aleitamento exclusivo é de 54 dias. Aproximadamente 41% das crianças menores de seis meses tiveram alimentação exclusivamente por leito materno no país.