Artigo Empreendedorismo

A melhor estratégia é criar o futuro e agir de forma diferenciada

Profissionais estrategistas não agem como meros observadores

André Prado*

Estratégia é importante dentro das corporações./ Foto: mustafa881 by Getty Images

Estratégia é um termo antigo relacionado com a arte de liderar. Trata-se de mais uma definição herdada do militarismo que se integrou perfeitamente à vida organizacional e ao universo da administração de empresas.

Não é à toa que o livro A Arte da Guerra é um dos livros de cabeceira de muitos empresários empreendedores. O autor, Sun Tzu, foi um general estrategista da antiguidade, mas os conceitos que descreveu nos capítulos de sua obra ainda são muito atuais quando aplicados nas organizações.

Uma celebre frase criada pelo general adapta-se muito bem às empresas quando se toma o inimigo como concorrente: “Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória obtida sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo perderá todas as batalhas”.

Muitos livros ainda são vendidos quando o assunto é a estratégia, pois as corporações sabem que não é possível sobreviver por muito tempo com estratégias ruins. Um livro muito recomendado na atualidade com milhões de exemplares vendidos no mundo intitula-se: A Estratégia do Oceano Azul de autoria de W. Chan Kim e Renée Mauborgne.

A estratégia é importante em tudo, seja na vida pessoal, profissional, para gerenciamento de empresas e equipes de diversas modalidades. Inclusive o conceito também está relacionado com a sobrevivência.

Muitos fatores são levados em consideração quando uma estratégia é definida, como: missão, visão, valores, projeção de cenários, forças, fraquezas, oportunidades, ameaças, planejamento em curto, médio e longo prazo entre muitos outros.

Organizações que permanecem como meras espectadoras, tentando copiar as estratégias e os caminhos traçados por outras empresas, complacentes e sem atitudes inovadoras diante das constantes mudanças do mercado, tendem consideravelmente à mortalidade.

Grandes organizações já erraram estrategicamente, mas por terem muitos recursos financeiros, humanos e tecnológicos conseguiram reverter seus erros e sobreviver. Mas isto não é uma regra geral, pois muitas grandes empresas já foram extintas por cometerem erros crassos neste sentido. No que se refere às micro e pequenas empresas, nem sempre conseguem sobreviver quando cometem uma série de erros estratégicos.

Entretanto, é um erro pensar que somente com recursos financeiros é possível vencer um oponente. Se fosse assim, os Estados Unidos da América teriam vencido a guerra do Vietnã. O mesmo ocorre com as empresas. Em outras palavras, não é pelo fato de uma organização ter muito dinheiro que vencerá seus concorrentes.

Empresas que somente copiam desde preços aos produtos ou serviços da concorrência podem falir antes mesmo dos cinco anos de existência, pois a realidade de cada empresa é diferente. Sem falar que uma empresa pode informar que está seguindo um determinado caminho para que os concorrentes a sigam quando na verdade estarão trilhando outros rumos.

É por essas e por outras que possuir as melhores estratégias pode ser um fator competitivo inigualável neste mercado tão concorrido. Uma das melhores estratégias que uma empresa pode ter é agir de modo diferenciado, inovando e criando o seu próprio futuro. As maiores empresas de tecnologia do planeta podem servir de inspiração neste quesito.

Os profissionais estratégicos

Para uma empresa desenvolver boas estratégias é preciso ter excelentes estrategistas em seu quadro de funcionários, afinal serão eles que produzirão as diretrizes relativas a esta temática tão importante.

Profissionais estrategistas não imitam os demais. Assim como as melhores empresas, são capazes de criar o futuro ao invés de agirem como meros observadores. Inovando, são capazes de criar a própria história de vida sem permanecer a deriva dos acontecimentos. Sorte ou acaso são palavras que não existem nos dicionários destes colaboradores, pois ao invés de esperar, eles fazem acontecer.

É por essas e por outras que a empresa tem de ter no capital intelectual, os talentos e as mentes mais estratégicas que conseguir contratar, pois profissionais com visão do futuro podem ajudar a empresa a criá-lo, trazendo vários benefícios para a organização.

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*André Prado é Mestre em Educação com Menção em Gestão pela Universidad Politécnica Salesiana Ecuador, pós-graduado em Engenharia da Qualidade e bacharel em Administração de Empresas. Desenvolve atividades na Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo, Faculdade Canção Nova e Centro Universitário Teresa D’Ávila. Para conhecer mais sobre gestão visite o site: www.andreprado.com.br

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