Ideia é antiga e, após consulta pública, Inep estuda a possibilidade de migração; segundo secretário executivo da pasta, mudança não será para 2015
Da Redação, com Agência Brasil
O Ministério da Educação (MEC) vai manter o plano de digitalizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), segundo o secretário executivo da pasta, Luiz Cláudio Costa. A ideia foi anunciada pelo ex-ministro da Educação, Cid Gomes, que fez uma consulta pública online sobre a mudança. O novo formato prevê a aplicação da prova online.
Com isso, o candidato poderá agendar uma data para fazer o exame em um dos locais de prova autorizados pelo MEC. As questões serão sorteadas em um banco público de itens nas quatro áreas de conhecimento do exame – linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; e ciências da natureza e suas tecnologias. Atualmente, o banco de questões é secreto, e o exame é impresso e realizado apenas uma vez por ano, em uma mesma data para todos os candidatos.
Nesta segunda-feira, 6, após a transmissão do cargo para o novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, o secretário disse, em coletiva de imprensa, que os treineiros, estudantes do 1º ou 2º ano do ensino médio que fazem o Enem apenas como o teste, poderão ser os primeiros a experimentar o novo sistema. “[O formato] ainda está em estudo. Aqueles que fazem o [exame] para treinamento, portanto, não têm pretensão a uma vaga, poderemos iniciar com esses estudantes”, disse.
Segundo ele, o plano de tirar o Enem do papel e torná-lo digital é antigo. Agora, com base na consulta pública já finalizada, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) estuda a possibilidade da migração. Segundo Costa, isso não ocorrerá em 2015. O secretário executivo explica que, para que a digitalização seja possível, haverá antes o aumento do banco de itens.
A nota do Enem é usada pelos estudantes para ingressar em instituições públicas e privadas de ensino superior por meio de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Mais de 6,2 milhões de candidatos participaram da última edição do exame, em 2014.