Mais de cinco mil notificações de dengue foram registradas em todo o estado do Rio de Janeiro nos últimos dias. A capital concentra o maior número de casos da doença, mas a situação é preocupante em todas as regiões do estado.
O superintendente em Vigilância Sanitária da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Vitor Berbara, disse, entretanto, que, desde o ano passado, o governo fluminense vem desenvolvendo ações de combate às condições endêmicas que existem em relação à dengue, em parceria com os municípios e o Ministério da Saúde.
“No momento, nós estamos colocando em prática toda a articulação da rede de serviço de assistência, tanto na atenção básica nos postos de saúde quanto nos hospitais, para melhorar a recepção e o diagnóstico precoces de tratamento de casos de dengue”, informou Berbara, em entrevista à Rádio Nacional.
De acordo com Berbara, a Secretaria de Saúde está colaborando com as prefeituras das áreas com mais problemas, no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. No verão, o clima quente e o aumento das chuvas favorecem a proliferação dos criadouros do mosquito, cuja fêmea costuma colocar os ovos em água limpa e parada, preferencialmente na sombra.
O superintendente de Vigilância Sanitária destacou que, além das campanhas midiáticas, que considera muito importantes, o governo do Rio de Janeiro está pedindo a colaboração da população para informar as prefeituras sobre as áreas de risco, para que estas possam aprimorar o controle.
Segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, foram registrados no ano passado 559,9 mil casos suspeitos de dengue em todo o país, 1,5 mil casos confirmados de febre hemorrágica da dengue e 158 mortes por dengue hemorrágica.
Os sintomas mais comuns da doença são: febre alta, que pode durar sete dias; dor de cabeça, nos olhos, músculos e articulações; falta de apetite e fraqueza; surgimento de manchas avermelhadas em todo o corpo e, em alguns casos, sangramentos no nariz e na gengiva.