A campanha Fevereiro Roxo reforça os cuidados e alerta sobre os perigos que envolvem o Lúpus, a Fibromialgia e o Alzheimer
Thiago Coutinho
Da redação
A campanha Fevereiro Roxo alerta sobre tratamentos e sintomas do Lúpus, Fibromialgia e Alzheimer / Foto: pikisuperstar por Freepik
Desde 2014, a campanha Fevereiro Roxo alerta para os perigos de três doenças: Lúpus, Fibromialgia e Alzheimer. Apesar de distintas, as três trazem um fator comum: não têm cura. A medicina contemporânea, no entanto, oferece tratamento para todas elas e as chances de qualidade de vida aumentam, especialmente quando descobertas em seus estágios iniciais.
Mal de Alzheimer
Trata-se de uma doença que atinge especialmente os mais idosos. É caracterizada por causar perda gradativa de uma parte do cérebro que cuida das funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem). Quando descoberta em seus estágios iniciais, as chances crescem para que tanto paciente quanto família tenham mais qualidade de vida.
Segundo o Ministério da Saúde, o Alzheimer é responsável por metade dos casos de demência no país.
A Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz) explica que é importante estimular o paciente a fazer o máximo que puder. A ajuda oferecida, assim, deve ser gradual.
Veja algumas dicas da ABRAz:
• Observe como o paciente desempenha as tarefas. Se ele estiver seguro, permita que ele faça sozinho.
• Auxilie apenas nas etapas que o paciente não conseguir fazer. Por exemplo, fazer parte da receita culinária, com auxílio para acompanhar a receita ou mexer no fogo.
• Faça a maior parte, mas permita que o paciente participe de alguma maneira do resultado, nem que seja fazendo escolhas.
• Faça pelo paciente o que ele não conseguir, para garantir sua segurança, saúde e qualidade de cuidado.
Fibromialgia
A fibromialgia é conhecida popularmente como a síndrome das dores inexplicáveis. É uma doença que se manifesta por meio de dores crônicas. O surgimento dessas dores estão associadas às alterações no sono, humor, chegando a evoluir para quadros de depressão e ansiedade.
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), 90% das pessoas diagnosticadas são mulheres. Este fato ainda não possui explicações científicas.
Outro mistério em torno da fibromialgia diz respeito à sua origem: a medicina ainda não sabe explicar o que a causa. A Sociedade Brasileira de Reumatologia e Fibromialgia (FM) observa que a principal hipótese para o surgimento da doença é uma alteração da percepção da sensação de dor.
“Alguns pacientes com FM desenvolvem a condição após um gatilho, como uma dor localizada mal tratada, um trauma físico ou uma doença grave. O sono alterado, os problemas de humor e concentração parecem ser causados pela dor crônica, e não ao contrário”, informa a entidade.
O diagnóstico é feito por meio de dores que o paciente sente nos cantos superiores e inferiores do corpo por mais de três meses. O tratamento procura aliviar os sintomas e, assim, apresentar melhoras na qualidade de vida — uma característica muito comum em quem sofre da doença.
Lúpus
O lúpus é uma doença inflamatória, crônica e autoimune. Assim como a fibromialgia, o lúpus atinge mais mulheres, especialmente entre os 20 e 45 anos. Estimativas dos órgãos de saúde mostra que existem 65 mil pessoas no Brasil acometidas pela doença. A cada 1700 mulheres no país, uma tem a doença.
Entre os sintomas mais comuns, estão cansaço, desânimo, febre baixa (mas raramente pode ser alta), emagrecimento e perda de apetite. Essas manifestações podem ocorrer devido à inflamação na pele, articulações (as juntas), rins, nervos, cérebro e membranas que recobrem o pulmão (a pleura) e o coração (o pericárdio).
A doença pode apresentar lesões cutâneas (pioram à exposição solar). O diagnóstico pode ser confirmado por meio de biópsia. Alguns pacientes também podem desenvolver lesões no couro cabeludo que podem gerar alopecia cicatricial (queda de cabelo por conta de inflamações no couro cabeludo) e devem ser tratadas precocemente.
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