Segundo estudo feito pelo Hospital das Clínicas de São Paulo, 67% das adolescentes não gostam do próprio corpo.
As adolescentes paulistas não estão satisfeitas com a imagem de seus corpos e adotam práticas perigosas para a saúde, como “pular” refeições para emagrecer. É o que aponta pesquisa da Secretaria de Estado da Saúde realizada no ambulatório de Ginecologia da Adolescente do Hospital das Clínicas de São Paulo, o maior da América Latina.
Das 45 adolescentes entre 10 e 20 anos de idade atendidas na unidade mensalmente, 67% afirmaram que estavam insatisfeitas com o corpo, e 37% disseram sentir vergonha em relação ao físico, apresentando baixa auto-estima. O estudo mostrou, ainda, que 60% das entrevistadas têm como padrão de beleza as mulheres magras e altas que aparecem nos meios de comunicação.
O hábito de restringir a dieta, fazendo uma ou, no máximo, duas refeições por dia, é seguido por 75% das adolescentes ouvidas na pesquisa. Outras 18% praticam atividade física, e 4,5% utilizam medicamentos para emagrecer.
A média de peso apontado como ideal para as entrevistada foi de 52,3 kg.
A pesquisa concluiu, ainda, que as adolescentes consideram a nutrição apenas como uma forma de perder peso ou de reduzir a alimentação, sem qualquer preocupação com a saúde ou a qualidade de vida.
“Esse estudo mostra a dificuldade de aceitação das mudanças que ocorrem no corpo das jovens adolescentes, que querem se ajustar aos padrões de beleza vigentes, mas não se preocupam com uma alimentação saudável e dieta balanceada”, afirma Albertina Duarte Takiuti, coordenadora do programa de Saúde do Adolescente da Secretaria e uma das responsáveis pelo estudo.
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