Proposta consistem em dois meses de pausa nos combates e libertação dos reféns em etapas; esta foi a sugestão apresentada ao Hamas, que ainda não respondeu a Israel
Da redação, com Vatican News
Uma primeira fase com a libertação das mulheres, dos idosos e dos doentes, e as outras que se seguirão, até a libertação completa de todos os 130 reféns que ainda estão nas mãos do Hamas em Gaza; um acordo prévio sobre quantos prisioneiros palestinos devem ser libertados para cada refém israelense, e até dois meses de interrupção dos combates. Esse é o conteúdo da proposta que chegou ontem à noite, 22 de janeiro, enviada por Israel e para a qual se espera agora uma resposta do Hamas.
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Familiares dos reféns fazem protestos
A pressão sobre o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que até ontem à tarde, em reunião com algumas das famílias dos reféns, havia dito que tinha uma proposta, mas que ainda não queria apresentá-la, provavelmente também foi causada pelo protesto de um grande grupo de familiares dos reféns que, com cartazes e faixas, invadiram a Comissão de Finanças do Knesset, interrompendo os trabalhos À noite, chegou a notícia de que Israel havia apresentado essa proposta aos mediadores do Egito e do Catar.
Operações em Khan Younis
Enquanto isso, na Faixa de Gaza, as operações terrestres estão concentradas na área de Khan Younis, considerada o reduto do Hamas no sul do país, especialmente em torno do hospital Nasser, segundo Israel, usado pelo grupo para fins militares. “Israel tem o direito de se defender, mas os hospitais devem ser protegidos o máximo possível”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, reiterando a posição do presidente dos EUA, Joe Biden, de que a criação de um Estado palestino também seria do interesse de Israel. Durante a noite, os disparos de mísseis do Hamas contra dois prédios no campo de refugiados de Maghazi, no centro da Faixa de Gaza, mataram pelo menos 21 soldados israelenses, uma das maiores perdas desde o início da guerra.
Relações em risco na Rota Philadelphi
“Israel deve respeitar o tratado de paz” foi a advertência que veio do Cairo ontem à noite sobre a questão da chamada “Rota Philadelphi”, a extensão de terra de aproximadamente 14 km na fronteira entre o Egito e Gaza que Israel disse querer controlar para impedir a passagem de armas contrabandeadas para os palestinos.