Desmembrada das Dioceses de Tocantinópolis e Miracema do Tocantins, a nova Diocese irá comportar uma população estimada de 308.200 habitantes
Da Redação, com CNBB
Criada no dia 31 de janeiro de 2023, a Diocese de Araguaína (TO) foi instalada, canonicamente, na tarde do sábado, 15 de abril, durante a missa solene na catedral provisória de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Araguaína.
Em seu discurso de agradecimento, Dom Giovane Pereira de Melo, o primeiro bispo diocesano de Araguaína e presidente da Comissão Episcopal para o Laicato da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), afirmou que “a criação da nova Diocese coloca o povo mais próximo do seu pastor e a Igreja mais próxima do povo, de seus sonhos e aspirações.”
O bispo ainda delineou os traços do programa pastoral diocesano, a partir da perspectiva eclesial da sinodalidade. “Estamos vivendo um novo tempo na Igreja, a experiência sinodal em curso convocada pelo Papa Francisco, por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão nos pede para avançarmos na escuta as distintas vozes de Deus que fala pela realidade, dialogar para favorecer encontros.”
Segundo Dom Giovane, o diálogo alargou “o espaço da nossa tenda, estendendo sem medo as lonas que nos abrigam, esticando as cordas e fixando bem as estacas” (cf. Is 54, 2)”, e disse: “Essa tenda é nossa Igreja, nossas comunidades, nossas pastorais, movimentos, organismos e serviços”.
Dom Giovane convocou toda comunidade católica da Diocese de Araguaína para alargar o espaço da tenda e ser espaço de comunhão, um lugar de participação e uma base para a missão. Segundo ele, uma morada ampla, mas não homogênea, capaz de dar abrigo a todos, mas aberta, que deixa entrar e sair.
Na diocese localizada na Amazônia Legal, o bispo reafirmou o compromisso da defesa da Casa Comum, do bioma cerrado, da terra, das águas e dos povos originários.
Colegialidade episcopal
O bispo auxiliar de São Sebastião do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, Dom Joel Portella Amado, esteve no evento representando a Igreja no Brasil e CNBB.
Para ele, Araguaína tornou-se uma diocese, uma porção do povo de Deus considerada madura, capaz de, sob a condução do bispo diocesano, levar à frente a missão evangelizadora da Igreja.
Para expressar a colegialidade episcopal, estiveram presentes ainda o Arcebispo Metropolitano de Palmas (TO), Dom Pedro Brito; o Bispo de Miracema do Tocantins (TO), Dom Philip Dickmans; o Bispo de Porto Nacional (TO) Dom José Moreira; o Bispo de Cristalândia (TO) Dom Welington de Queiroz; o Bispo de Santíssima Dom Dominique Marie, Conceição do Araguaia (PA).
Também marcaram presença o Bispo da Prelazia de São Félix do Araguaia (MT), Dom Adriano Caccioca; o Bispo de Oliveira (MG), Dom Miguel Ângelo; o Bispo de Imperatriz (MA), Dom Vilson Basso; o Bispo de Carolina (MA), Dom Francisco Soares; o Bispo emérito de São Luís de Montes Belos (GO), Dom Carmelo Scampa; e o Bispo eleito de Cametá (PA), Monsenhor Ivanildo Oliveira.
Além deles, também estiveram presentes dezenas de presbíteros, diáconos, religiosos, leigos, autoridades civis e militares, representantes da sociedade organizada e de outras denominações cristãs.
Geografia e extensão
Desmembrada das dioceses de Tocantinópolis e Miracema do Tocantins, a nova diocese terá uma população estimada de 308.200 habitantes em um território de 35.826,93Km2, distribuídos em 19 munícipios do meio-norte tocantinense.
A diocese de Araguaína contará com 22 paróquias, 18 padres diocesanos, 13 padres religiosos, 8 diáconos permanentes, 12 seminaristas e 15 religiosas.
Os municípios que comporão a nova Diocese são: Araguaína, Arapoema, Aragominas, Araguanã, Bandeirantes do Tocantins, Barra do Ouro, Babaçulândia, Carmolândia, Campos Lindos, Filadélfia, Goiatins, Muricilândia, Nova Olinda do Tocantins, Palmeirantes, Pau D’arco, Piraquê, Santa Fé do Araguaia, Xambioá e Wanderlândia.