No Rio de Janeiro, membros da Igreja Católica se reuniram nesta quarta-feira, 12, para propor sugestões à Secretaria de Segurança Pública e confirmaram a importância da Campanha da Fraternidade no processo de transformação do estado.
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Realizado no Auditório da Arquidiocese do Rio de Janeiro, o evento contou com a presença de representantes do poder público, autoridades em segurança e membros da Igreja Católica.
Em debate com a sociedade, um balanço dos temas que foram abordados na Campanha da Fraternidade deste ano. Entre os principais assuntos, a violência desenfreada na cidade e as possíveis soluções integradas à religião.
"A Campanha da Fraternidade provocou uma discussão, no Brasil inteiro, em torno de critérios para uma verdadeira segurança pública, que se baseia na dignidade da pessoa, a centralidade da pessoa humana, numa paz propositiva, que se baseia muito mais em políticas públicas, do que na repressão e, sobretudo, nunca na violência pela violência, na vingança como forma de corrigir a criminalidade", explica o secretário geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa.
Pensando em conter o avanço da violência, a Arquidiocese do Rio de Janeiro lançou um Plano de Ação com alguns tópicos a serem seguidos, por autoridades e sociedade.
Entre os principais pontos estão o incentivo aos estudos religiosos nas escolas, a capacitação de jovens para o mercado da trabalho, um incentivo maior à cultura de paz e a valorizaçao da família e do ser humano. Ações que devem minimizar o quadro atual.
Nos últimos dez anos, cerca de 82 mil pessoas morreram vítimas da violência no Rio de Janeiro. Um número considerado absurdo, mas que tem uma explicação bem simples.
"Nós perdemos valores importantíssimos, dos últimos 50 anos, em relação à família, à religião, à fé, e isso é o fruto que nós estamos colhendo hoje, com toda essa desvalorização de valores importantes da sociedade. Aí vem muito mais ainda, essa necessidade de evangelização, de levar as pessoas à encontrarem com Deus, com a família e com a vida", destacou o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta.
Essa questão continuará a ser discutida na 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública (Conseg), promovida pelo Ministério da Justiça, que vai acontecer em Brasília, de 27 a 30 de agosto.
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