A Igreja celebra, nesta segunda-feira, 9, São José de Anchieta. O sacerdote que atuou como um dos fundadores da ação evangelizadora no país, foi também educador, dramaturgo e defensor da cultura indígena.
Reportagem de Nathália Cassiano e Gilberto Pereira
George Pedro é devoto de São José de Anchieta. No dia dedicado ao santo, faz memória do legado deixado pelo jesuíta. “É uma vida muito rica, de paixão, amor e principalmente caridade, que o padre comentou sobre a necessidade do amor. Mas eu acho que muito mais do que amor, o amor só vem se nós tivermos a caridade no coração”, contou o vendedor de medicamentos, Geoger Pedro D’Ávila.
Anchieta nasceu na Espanha em 1534. Com 14 anos foi estudar em Portugal. Lá foi para a primeira missão na Terra de Santa Cruz. Ao chegar no Brasil, foi para Piratininga e participou de sua primeira missa em memória a conversão de São Paulo, a convite do padre jesuíta Manoel da Nóbrega. Anchieta ajudou a fundar um colégio para catequizar os indígenas.
O pároco de São Luís Gonzaga, padre Nilson Marostica recorda: “Ele teve esse papel muito importante de trazer o colégio aqui pra cima, para o Planalto Piratininga. E ali naquela choupana, que hoje é o pátio do colégio, uma Igreja tão linda. Então ali nasceu a cidade de São Paulo”.
José de Anchieta era devoto da Virgem Maria, dedicou-se a catequese dos indígenas, aprendendo a língua tupi e escreveu a primeira gramática sobre este vocabulário, além disso utilizou do teatro para facilitar a compreensão dos ensinamentos cristãos.
O jesuíta se tornou um professor universal. Sua última missão foi numa aldeia em Reritiba, no Espírito Santo. Morreu dia 9 de junho de 1597. Foi canonizado em 2014 pelo Papa Francisco e deixou para o povo seus ensinamentos.
“Ele vai deixar para nós hoje aquele dever que nós devemos imitá-lo. Hoje o mundo precisa muito da catequese, precisa muito de pessoas líderes, como foi o Papa Francisco. O mundo precisa muito dessa figura de Anchieta, esse é o legado, um legado de grandiosidade”, concluiu padre Nilson.