Músicos contam como relacionam sua profissão com a missão de evangelizar
Denise Claro
Da redação
Nesta segunda-feira, 22, a Igreja celebra o dia de Santa Cecília, padroeira dos músicos. Por este motivo, também esta profissão é comemorada nesta data.
A tradição narra que Cecília, nobre jovem romana, foi martirizada por volta do ano 230, durante o império de Alexandre Severo e o Pontificado de Urbano I. Seu culto é antiquíssimo: a Basílica a ela dedicada no bairro romano de Trastevere é anterior ao edito de Constantino (313) e a festa em sua memória foi celebrada no ano 545.
Cecília ia se casar com um jovem, de nome Valeriano, mas optou pela pureza. Morreu martirizada por não se render à devoção aos deuses pagãos. Nas Atas de Santa Cecília lê-se esta frase: “Enquanto ressoavam os concertos profanos das suas núpcias, Cecília cantava no seu coração um hino de amor a Jesus, seu verdadeiro Esposo”.
Música e Evangelização
O músico carioca Luciano Carvalho teve contato com seu primeiro instrumento aos 3 anos de idade. Seu pai segurava um repinique para que ele pudesse tocar. A partir daí, não parou mais. Já adulto, teve contato com a música católica, e chegou a tocar bateria em várias bandas. “Ingressei na Banda Bom Pastor em 1998 e gravamos o primeiro CD Sentido à Vida. Depois disso, vieram as missões por todo o Brasil, evangelizando. Toquei com Márcio Pacheco, Adriana Arydes, Dalvimar Gallo e Olivia Ferreira.”
Com Olivia, Luciano chegou a ser indicado como melhor baterista do ano de 2011, pelo Troféu Louvemos o Senhor. Desde 2015, se dedica a seu projeto para dar aulas de bateria nas paróquias do Rio.
“A música é a arma mais poderosa, que tem poder de curar os que estão sofrendo. Cada instrumento é uma ‘ponta de lança’. O benefício maior é ver que as pessoas estão sendo tocadas por uma melodia, um acorde, até mesmo uma batida.”
Ao ser perguntado sobre sua devoção, Luciano responde: “Sou devoto de Santa Cecília, ela está sempre intercedendo pelas minhas missões. Sempre peço que esteja comigo nas minhas aulas, shows e também em gravações.”
Música e educação
Márcio Júnior é professor de música no Instituto Canção Nova há quatro anos. Sua história com a música surgiu desde a convivência familiar.
“Minha família era muito musical, cresci envolvido com música, foi algo que sempre gostei, então quando vi já estava ali envolvido no fazer musical. Na época as coisas eram mais difíceis. Não tinha internet. Era fita cassete, rádio. Aprendi muito de forma autodidata.”
Márcio conta que dá aulas de música desde os 15 anos de idade. Tocava em uma banda, e durante um dos ensaios apareceram três pessoas interessadas em aprender a tocar violão. “Assumi o desafio de ensiná-las, e foi ali que se deu início minha trajetória como professor de música.
Hoje, além das aulas na escola e particulares, Márcio e a esposa servem no Ministério de Música da paróquia. “Como diz o ditado popular: ‘Quem canta, reza duas vezes’. Acho que isso resume bem a importância da música em uma vida de fé.”