Ponteiros adiantados em uma hora para que o país economize R$ 30 milhões. O horário de verão está de volta e com ele as alterações do relógio biológico. A preocupação de muitos especialistas é com o ritmo de vida de quem mora nos dez estados que tem o novo horário.
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"Acordar com as galinhas". Dito popular para definir quem levanta bem cedo da cama. O estudante João Otávio, de nove anos, definitivamente não gosta da idéia, principalmente nas segundas-feiras.
Quando os pássaros anunciam o novo dia e as luzes perdem a importância, João tem que acordar. Uma hora a menos de sono faz muita falta para o pai que cuida sozinho do filho.
No entanto, o país deve economizar nos próximos quatro meses cerca de R$ 30 milhões em energia elétrica, se conseguir conter todos os desperdícios. Desde meia noite de domingo, 19, os ponteiros avançaram uma hora a mais no Distrito Federal e em mais dez estados brasileiros: Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.
Para a doutora em farmacologia, Naira Correia, as mudanças causarão pouco impacto. Durante o período de horário de verão, os dias ficarão mais claros por uma hora a mais, o que leva muita gente a descuidar do tempo de sono.
E a falta de sono pode causar alguns problemas de saúde como falta de memória, mau humor e distúrbios alimentares.
O vendedor Lauro de Oliveira acorda cedo todos os dias para trabalhar e diz não se incomodar com o novo horário. Já a estudante Amanda Amaral Galvão Nunes é indiferente.
Só terá uma chance a mais de não perder hora quem puder contar, além do relógio, com um despertador que não está nem aí para mudanças.
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