A história de superação de uma mulher paciente de um hospital há mais de 30 anos é contada em livro. "Pulmão de aço" é o título da obra lançada em São Paulo sobre a trajetória de Eliana Zagui, que, na década de 70, contraiu o vírus da paralisia infantil e ficou só com o movimento do pescoço.
Mas mesmo com as limitações foi além e hoje abre o seu livro da vida para compartilhar como conseguiu suportar essa condição sem perder a esperança.
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Uma história contada com a boca. O livro "Pulmão de Aço" foi lançado em uma feira de São Paulo e já na primeira semana de vendas, fez sucesso absoluto.
Segundo a autora do livro, Eliana Zagui, "as pessoas estão se tornando mais sensíveis e parando para pensar que a vida não é só chorando ou reclamando".
Em sua obra, Eliana conta detalhes de sua vida. Aos dois anos de idade foi diagnosticada com paralisia infantil. Era ainda década de 70 e não se tinha o conhecimento de hoje sobre a doença. Por falta da vacina, o vírus tomou conta do seu corpo e ela só ficou com o movimento do pescoço.
Impossibilitada de ir para casa, ela conta como foi viver 37 anos internada no maior hospital do Brasil, o das Clínicas, em São Paulo, sem perder a esperança.
Todos os dias, ao acordar, Eliana fala para si mesma: "Mais um dia, vamos em frente, sem perder a fé".
O título "Pulmão de aço" vem das máquinas que eram usadas pelas crianças com poliomelite na época. Eram verdadeiras geringonças, mas os únicos recursos para recuperar casos graves de insuficiência respiratória.
Eliana passou por uma delas, mas mesmo assim, até hoje precisa de um respirador artificial. Uma história de superação que hoje ela decidiu compartilhar.
"A vida é você viver intensamente com fé, acreditar que Deus não te abandona e que você pode contar com Ele", afirma Eliana.
Mas nada segura essa mulher determinada. Mesmo presa a uma maca, ela se formou no Ensino Médio, aprendeu duas línguas, se tornou pintora e agora lança seu primeiro livro. E sempre quando tem uma oportunidade adora explorar além dos muros do hospital.
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