Início do horário de verão está previsto para 15 de outubro; governo estuda possibilidade de enquete sobre o assunto
Da redação, com Agência Brasil
O governo está analisando a manutenção ou encerramento do horário de verão este ano e cogita lançamento de enquete sobre o assunto. A adoção do horário para gerar economia de energia no Brasil, segundo o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, não se justifica mais.
Estudos sobre a viabilidade da manutenção do horário de verão, que abrange nove estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do Distrito Federal (Brasília), estão sendo conduzidos no âmbito do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que reúne diversos órgãos governamentais ligados ao setor elétrico. O Operador Nacional do Sistema (ONS), um dos participantes da pesquisa, constatou que os picos de consumo ocorrem no horário entre 14h e 15h, e não mais entre 17h e 20h.
Apesar de não fazer mais diferença na economia de energia, conforme explicou o diretor-geral da Aneel, uma parte da sociedade gosta da sensação de ter uma hora a mais no dia e poderá manifestar isso na enquete.
A decisão precisa sair rápido – o início do horário de verão está previsto para o dia 15 de outubro — e está nas mãos do presidente Michel Temer e do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. Se a definição for pela enquete, ela deve ser lançada no Portal do Planalto nesta semana. Além disso, o governo poderá levar em consideração o maior movimento do comércio durante o horário de verão.
Bandeira vermelha
De acordo com Rufino, em outubro o governo deve passar a cobrar a bandeira vermelha na conta de luz, possivelmente na faixa dois, em razão da escassez de chuvas. Atualmente, está em vigor a tarifa amarela na cobrança da conta de luz. Esta tarifa representa um acréscimo de R$ 2,00 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Com a adoção da tarifa vermelha, o preço da tarifa de energia passa a ter um acréscimo e vai a R$ 3,00 por 100 kWh. No caso do patamar dois, esse valor seria maior: R$ 3,50 a cada 100 kWh consumidos.