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Formação de seminaristas deve priorizar dimensão humana, diz bispo

O presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada no Brasil, Dom Esmeraldo Barreto de Farias, falou nesta quinta-feira, 6, à nossa equipe de reportagem sobre a formação dos novos padres, um dos temas prioritários da 48ª Assembleia da CNBB. O bispo afirmou que hoje é preciso retomar a dimensão comunitária e favorecer um acompanhamento mais personalizado aos seminaristas.

“Nós precisamos retomar, dentro da dimensão comunitária, a importância da comunidade e contribuir para que os formadores – o reitor, o vice-reitor, que cuidam do estudo e da direção espiritual, deem mais atenção a cada pessoa, conhecendo a história daquele jovem, sua família, o ambiente em que ele mora, para aí ajudá-lo a ser realmente um missionário. Alguém que esteja totalmente disponível para obedecer a Deus e viver como servo de Deus, do povo e da Igreja”, explicou.

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O prelado destacou que, nessa assembleia, devem surgir novas diretrizes para a formação dos presbíteros. Uma novidade, que nasceu neste Ano Sacerdotal, foi a importância de os seminaristas vivenciarem o ‘ano pastoral’ em uma comunidade, especialmente após o término dos estudos da teologia.

De acordo com Dom Esmeraldo, essa experiência ajudará o futuro sacerdote a desenvolver uma pedagogia pastoral, favorecendo que, no futuro, como padre, ele “seja um verdadeiro missionário. A Conferência de Aparecida mostrou como é importante que o padre seja missionário, que visite as comunidades e também as anime para serem missionárias”.

Outra ênfase dada pelo documento é para a espiritualidade. Aspecto muito importante, segundo o bispo, “para que aquele padre, preparado intelectualmente, possa ter um espírito muito forte e consciente de que é chamado e consagrado para seguir Jesus Cristo, o Bom Pastor, Aquele que é o Servo e Missionário”.

O bispo explicou ainda que, nessa perspectiva, o seminarista será formado de modo que “descubra a importância da entrega de sua vida e, para que vivendo de forma pobre, casta e obediente, ajude a Igreja a ser a ‘Igreja de Cristo'”.

O documento havia sido aprovado na assembleia do ano passado, mas voltou a ser estudado neste ano. Isso porque após ter sido enviado para a Congregação para a Educação Católica, no Vaticano, o órgão pediu que alguns pontos do documento fossem revisados. Todos os documentos da CNBB que tratam sobre formação dos presbíteros, liturgia e catequese, precisam ser enviados à Santa Sé, para que a congregação responsável pelo tema dê o seu parecer.

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