A saída dos militares será gradual; primeiro comboio deixou o local nesta madrugada
Da redação, com Agência Brasil
O primeiro comboio das Forças Armadas deixou a Favela da Rocinha no bairro de São Conrado, na zona sul do Rio, na madrugada desta sexta-feira, 29, por volta das 4h. As informações são da assessoria de imprensa do Comando Militar do Leste. Esta retirada será gradual.
As tropas militares deram início à segurança da favela no dia 17 de setembro, acionadas pelo governo fluminense por conta de um conflito entre traficantes rivais pelo controle de pontos de venda de drogas na região, colocando em risco a vida dos moradores.
De acordo com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, a situação na Rocinha está sob controle com o fim de confrontos violentos entre os traficantes. Além disso, com o deslocamento de traficantes da comunidade para outras regiões, de acordo com o ministro, não há motivo para manter o efetivo de 950 militares no local e deixar outras áreas da cidade sem o apoio das Forças Armadas.
“Os bandidos que lá estavam conseguiram passar para outras comunidades próximas, então não fazia sentido permanecer com todo esse efetivo, mas sim deslocar o efetivo para outras comunidades, outros lugares onde eles possam ser devidamente capturados”, explicou o ministro da Defesa.
Jungmann explicou ainda que se houver a necessidade da volta das Forças Armadas à região, isto se dará de forma mais ágil e menos burocrática. “Será uma coisa desburocratizada e muito rápida, porque estabelecemos um plantão dentro das nossas unidades militares, que podem rapidamente chegar de volta à Rocinha ou chegar a outras comunidades se se fizer necessário e o governo e a Segurança do Rio de Janeiro pedirem”, informou.
Por fim, o ministro acrescentou que as operações integradas no Rio de Janeiro, com auxílio das Forças Armadas, continuarão de acordo com a definição prevista no decreto de Garantia da Lei e da Ordem, assinada pelo presidente Michel Temer em julho.