Santa Cruz Cabrália - Bahia

Fiéis comemoram 515 anos de evangelização no Brasil

Missa campal em Santa Cruz Cabrália, no sul da Bahia, relembrou a primeira Missa celebrada no Brasil

Fernanda Ribeiro
Enviada especial a Santa Cruz Cabrália

Dom Edson preside Missa que recorda os 515 da primeira celebração eucarística no Brasil / Foto:

Dom Edson preside Missa que recorda os 515 anos da primeira Celebração Eucarística no Brasil / Foto: Jerusa Brandão – JBcomunicação

Neste domingo, 26, fiéis de Santa Cruz Cabrália, no sul da Bahia, recordaram os 515 anos da primeira celebração eucarística realizada no Brasil. Faltavam poucos minutos para o início da Missa quando uma multidão de jovens chegou à Praça do Cruzeiro, na região de Coroa Vermelha, distrito de Santa Cruz Cabrália, levando as imagens de Nossa Senhora da Esperança e de Nossa Senhora Aparecida.

Os símbolos religiosos ocuparam lugar de destaque no palco preparado no mesmo local em que Frei Henrique de Coimbra celebrou a primeira Missa no Brasil, em 26 de abril de 1500.

Assim como na época, índios participaram da Santa Missa / Foto: Jerusa Brandão - JBcomunicação

Assim como na época, índios participaram da Santa Missa / Foto: Jerusa Brandão – JBcomunicação

Assim como aconteceu na época, os índios participaram da celebração. A maioria representante da tribo Pataxó fez parte da equipe de liturgia e prestou homenagens ao aniversário de evangelização do país, por meio de cânticos e orações típicas da cultura indígena.

O bispo da Diocese de Eunápolis, localizada a 80 quilômetros de Cabrália, Dom José Edson Oliveira, presidiu a Missa junto aos padres da região. Ele afirmou que a data deve ser comemorada por todo o país e que o gesto de mais de quinhentos anos faz referência aos ensinamentos atuais do Papa Francisco.

“Contemplar a cruz é contemplar o grande amor de Deus pela humanidade. Neste dia consagrado a Jesus Bom Pastor e dedicado às vocações, que todos nós cristãos tenhamos a mesma coragem de Frei Henrique, de sermos discípulos e missionários de Jesus Cristo”.

A noite ofereceu abrigo para que a multidão acompanhasse o fim da celebração. Um dos responsáveis pelo trabalho de evangelização dos cerca de seis mil índios do local, padre José Aílton dos Santos, disse que a participação dos nativos evidencia o propósito de que o Evangelho proporciona a união entre os povos. “O amor não tem fronteira. Falar de amor todos entendem. Essa é a linguagem que faz a diferença”, concluiu.

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